Avaliação do uso de sistemas remotos de monitoramento comportamental como ferramenta de gestão na bovinocultura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Vieira, Aline Cardoso
Orientador(a): Fischer, Vivian
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/247804
Resumo: Ao longo dos anos a produção de leite tem se tornado mais intensiva, as vacas mais produtivas e propensas a distúrbios metabólicos. O período de transição, 21 dias antes e 21 dias após o parto, é um período crítico e de grande risco de ocorrência de doenças. Nesse período, as mudanças no manejo, na dieta, e alojamento causam estresse e as adaptações fisiológicas podem deixar a vaca mais propensa à ocorrência de doenças. Hipocalcemia, cetose e acidose ruminal são doenças metabólicas que ocorrem geralmente no final da gestação e início da lactação; e, durante esse período, as vacas também estão mais suscetíveis à ocorrência de mastite e laminite. Estudos recentes têm investigado a utilização da variação dos comportamentos para predizer a ocorrência de doenças. O desenvolvimento e validação de sistemas automáticos de monitoramento dos comportamentos por sensores tem contribuído para a evolução desses estudos. Os sistemas remotos de monitoramento comportamental registram ruminação, atividade e ócio, permitindo a análise dos padrões comportamentais e emite alertas para os produtores. Porém não é de conhecimento como os produtores estão utilizando esses sistemas e quais suas atitudes diante dos alertas. No primeiro estudo, foi realizada uma análise do perfil e motivações dos produtores para adotar um sistema remoto de monitoramento comportamental. Os produtores de leite que adotam os sistemas de monitoramento estão na faixa etária de 30 a 40 anos e o principal objetivo é a detecção do estro. No segundo estudo, foram investigadas as atitudes adotadas pelos produtores diante dos alertas de saúde e identificação de estro enviados pelos sistemas de monitoramento. Houve diferenças entre as características de fazendas que adotam e as que não adotam o sistema de monitoramento, e, após receberem os alertas, os produtores avaliam os animais sem protocolo definido. O terceiro é uma revisão sistemática sobre quais comportamentos podem ser utilizados na detecção precoce de doenças de vacas leiteiras. Os principais comportamentos avaliados são na detecção precoce de doenças: tempo de ruminação, tempo deitado e tempo de alimentação, e foi evidenciado que os tempos de ruminação e alimentação são reduzidos, enquanto o tempo deitado aumenta.