Clube das 5 : transformação e Criação de Si em Práticas Cinematográficas no Espaço Escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Caldas, Luciana Tubello
Orientador(a): Fischer, Rosa Maria Bueno
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/149106
Resumo: Esta pesquisa trata das relações entre cinema e educação. Tem como foco o trabalho de formação de crianças e adolescentes, integrantes do Projeto de Produção Audiovisual Clube das 5 – projeto de oficinas de cinema realizado na rede pública de ensino do município de Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre/RS. O objetivo é discutir a potência educativa e formativa do cinema, mediada pela figura do mestre; no caso, estudamos as estratégias do professor André Bozzetti que, no ano de 2013, idealizou o projeto, fazendo um convite aos seus estudantes, do 4º ao 8º ano escolar, da Escola Municipal Emília de Oliveira. Metodologicamente, nos inspiramos no fazer etnográfico, para levantar, compor e apresentar os dados da pesquisa; basicamente, operamos com a escrita de relatos de campo. Como referencial teórico, centramos a discussão nos conceitos de formação, psicagogia e parresía, como apontados por Foucault, em A Hermenêutica do Sujeito. Buscamos empreender uma descrição das escolhas de um mestre que coloca o cinema em discurso, tendo como objetivo não apenas a transmissão de um certo saber, mas modos possíveis de transformação de sujeitos jovens. Dito de outro modo, tratamos da figura do mestre que se forja no âmbito da psicagogia. Por fim, lançamos a hipótese de que o “Clube das 5” figura como um espaço de produção de verdades impulsionadoras de condutas éticas e estéticas – no sentido foucaultiano. Uma dessas condutas diz respeito à ideia de um processo compartilhado – entre professor e aluno – de formação e produção de conhecimento. Tensiona-se, assim, as proposições de um tipo clássico de formação, que supõe o sujeito como carência ou “não saber”. Os dados registrados e analisados evidenciam escolhas que escapam daquela educação que ignora repertórios e desejos tão diversos, apostando, ao contrário, na potência de práticas de formação de si, pela arte do cinema e da criação.