Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Rech, Leandra |
Orientador(a): |
Piva, Jefferson Pedro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276536
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Resumo: |
Introdução: Sepse é uma causa importante de admissões em Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica e de morbidade e mortalidade nessa população. A presença de Condições Complexas Crônicas (CCCs) já foi associada a piores desfechos em pacientes com infecção. Objetivo: Investigar a influência de CCCs nos desfechos de pacientes pediátricos com choque séptico refratário, assim como avaliar a acurácia dos escores PELOD-2 e VIS para predizer mortalidade nessa população específica. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo e unicêntrico, realizado em uma UTI Pediátrica (UTIP) de 13 leitos no sul do Brasil. Foram incluídos no estudo todos os pacientes diagnosticados com choque séptico e necessidade de drogas vasoativas admitidos na UTIP entre Janeiro de 2016 e Julho de 2018. Dados como características clínicas e demográficas, presença de CCCs, necessidade de suportes ventilatório e renal e escores VIS (Vasoactive Inotropic Score) e PELOD-2 (Pediatric Logistic Organ Dysfunction) foram coletados pela revisão de prontuários eletrônicos. Desfecho principal foi considerado mortalidade na UTIP. Resultados: 218 pacientes com choque séptico refratário foram identificados no período de 30 meses e 72% deles possuíam ao menos uma CCC. A mortalidade geral foi de 22%. Comparando com pacientes sem comorbidades prévias, aqueles com CCCs tiveram maior mortalidade (26.7% vs 9.8%; OR (Odds Ratio)= 3.4 [1.3–8.4]) e maior frequência de internações prolongadas (29.3 vs 14.8; OR= 2.39 [1.1- 5.3]). Dentre os subgrupos de CCCs, “Malignidade” foi associada com mortalidade (OR=2.3 [1.0–5.1]). Escores VIS e PELOD-2 em 24 e 48 horas tiveram relação com mortalidade e PELOD-2 em 48 horas > 8 teve a melhor performance em predizer mortalidade em pacientes com CCCs, com AUROC (Área sob a curva ROC)= 0.89 [0.83- 0.93]. Conclusão: Pacientes com CCCs representam a maioria dos pacientes admitidos com choque séptico refratário a volume e têm maior risco de desfechos negativos. A alta prevalência de hospitalizações e de utilização de recursos, assim como a alta mortalidade, determinam que pacientes com CCCs devem ser considerados uma prioridade para o sistema de saúde. |