Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Morais, Tiago Martins de |
Orientador(a): |
Adó, Máximo Daniel Lamela |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/259162
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Resumo: |
Esta tese se apresenta enquanto corpo textual transitório. Híbrida entre o esboço, o rascunho e o ensaio, evidencia uma pesquisa em Educação produzida desde um amálgama de elementos heterogêneos em meio à Literatura, Teoria Literária, Filosofia e Cinema. Trata-se de um educador-pesquisador desaparecido em uma costura polifônica, uma geografia de múltiplas vozes, num exercício de experimentação do pensamento inseparável de um exercício de experimentação escritural. Nesse estado de enunciação, buscamos não dar às costas à linguagem, seus ritmos, suas sinestesias, suas tramas. Enquanto movimento de pesquisa, recorre-se à prática de Paul Valéry de um culto do intelecto, uma aventura intelectual que se erige num uso possível do pensamento desde rigorosa tentativa de viver uma máxima consciência de nossas variações intelectivas excitadas por leituras, escrituras, sons, imagens, sensações, enfim, na coexistência corpoespírito- mundo. Em seu debruçar-se sobre o intelecto, Valéry esteve interessado nas operações do espírito, movediças, oscilantes. O objeto desta investigação são justamente estes sobressaltos, trânsitos, transes, transições que acontecem especificamente em zonas de leitura, escrita e docência. Tais variações interessam à pesquisa em sua força de engendramento do potencialmente diverso no campo educacional e de produção de uma escritura enquanto aporte sustentável para práticas de ensino que queiram escapar do pré-fabricado da Educação e da inércia pedagógica. Tratamos, portanto, de um objeto que está sempre perdendo sua fisionomia, em deformação, figuração, mudança. Desde essas variações intelectivas – como exercício cada vez mais consciente sobre nossas ações de criação em Educação – esboçamos duas noções pedagógicas: uma docência-pensamento e uma poética da deterioração, seres de ficção conceitual que se almejam potências produtoras de modos outros de habitarmos o educativo. O cinema de Andrei Tarkovski e a literatura de Fiódor Dostoiévski são agenciados na composição de um tom e de uma atmosfera escritural. |