Pedagoga despolitizada? Vocação como opressão e cuidado como expropriação!

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Tavares, Elen Machado
Orientador(a): Doll, Johannes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/170329
Resumo: Tese realizada nas discussões da Linha de Pesquisa Trabalho, Movimentos Sociais e Educação (TRAMSE), Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDU), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Tem por base o problema: que contradições fundamentais existem nas concepções políticas do e no trabalho das pedagogas e pedagogos da rede pública, Estadual e Municipal, no Rio Grande do Sul (RS), Brasil? As informações, coletadas entre 2016 e 2017, com dois instrumentos: questionário online e entrevista semiestruturada. Participam duzentas e vinte e um/a Pedagogas/os, de quarenta e seis municípios do RS, das quais, 95% são mulheres que trabalham em diferentes setores da educação básica. A Pesquisa, de natureza qualitativa, com a técnica de triangulação, se apoia, também, nas informações quantitativas, processadas com uso do software IBM SPSS. O método de exposição, à luz do materialismo histórico e dialético. A hipótese central, elaborada a partir dos resultados da pesquisa, afirma que o trabalho das/os pedagogas/os é uma práxis política. Há ênfase na centralidade do trabalho, cujos sentidos não se limitam na sua não redução ao conjunto de tarefas escolares rotineiras. A práxis se objetiva contraditoriamente no trabalho, assim, se destacam duas principais tendências: a) a pedagogia como experiência individual e ênfase na formação cognitiva e, b) a pedagogia como práxis de luta social e processo de organização coletiva. Com efeito, há uma contradição entre a jornada formal que diz respeito à carga horária paga pelo o fundo público e a jornada real, que estende aquela em maior ou menor grau, considerando o tempo destinado ao planejamento, transporte e a tripla jornada de trabalho. Essa contradição, em muitos casos, é invisibilizada, devido ao costume que o senso comum naturaliza por meio da ideologia. As condições da objetivação do trabalho são condicionadas pelo modo de produção vigente, portanto a luta contra a precarização constitui a práxis de trabalhadoras/es que buscam, por dentro das contradições capital-trabalho, resistência e enfrentamento.