Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Toledo, Roberta Ströher |
Orientador(a): |
Torres, Iraci Lucena da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/231935
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Resumo: |
Dor neuropática (DN) está relacionada à presença de hiperalgesia, alodinia e dor espontânea, afetando de 7% a 10% da população geral. É uma dor de difícil tratamento, sendo necessário a busca de novas opções terapêuticas. Neste contexto, a estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr) vem sendo aplicada para o alívio da DN, especialmente em pacientes com dor refratária. Considerando a relevância do tema, o objetivo desta tese foi avaliar o efeito do tratamento com EMTr sobre a resposta nociceptiva e a memória de longo prazo de ratos submetidos a um modelo de DN, além de avaliar seus efeitos nos níveis centrais de neurotrofinas e citocinas pró e anti-inflamatórias. Para tanto, foram utilizados 106 ratos Wistar machos adultos (60 dias de idade), divididos em 9 grupos experimentais: controle (C), controle + sham EMTr (C+s.EMTr), controle + EMTr ativo (C+EMTr), sham dor neuropática (s.DN), sham dor neuropática + sham EMTr (s.DN+s. EMTr), sham dor neuropática + EMTr ativo (s.DN+EMTr), dor neuropática (DN), dor neuropática + sham EMTr (DN+s. EMTr) e dor neuropática + EMTr ativo (DN+EMTr). O estabelecimento do modelo de DN ocorreu 14 dias após a cirurgia de constrição crônica do nervo isquiático (CCI). A partir disso, os ratos foram tratados com sessões diárias de 5 minutos de EMTr por 8 dias consecutivos. As respostas de hiperalgesia térmica e alodinia mecânica foram avaliadas antes do procedimento cirúrgico, após o estabelecimento da DN e 24h após o término do tratamento, por meio dos testes da Placa Quente (PQ) e von Frey (VF). A memória de longo prazo foi avaliada pelo teste de reconhecimento de objetos, 48h após o término do tratamento. Em seguida, os animais foram eutanasiados e estruturas foram coletadas para análises bioquímicas. Os ensaios bioquímicos (níveis de BDNF, TNF-α e IL-10) foram realizados em homogenatos de córtex pré-frontal (CPF), medula espinhal e hipocampo. O tratamento com EMTr promoveu reversão total da hiperalgesia térmica (Placa Quente) induzida pelo modelo de DN e reversão parcial da alodinia mecânica (Von-Frey). Além disso, a EMTr aumentou os níveis de BDNF e TNF-α no CPF e reverteu a diminuição dos níveis hipocampais de IL-10 nos animais com DN. Complementarmente, o tratamento com EMTr reverteu o déficit na memória de longo prazo induzido pela DN. Desta forma, a EMTr apresenta-se como uma ferramenta promissora para o manejo da DN, e as alterações induzidas pela estimulação parecem ser estado-dependente, ou seja, EMTr induz alterações em parâmetros neuroquímicos, modulando a neuroplasticidade, apenas nos animais com um estado mal adaptativo como a DN, aumentando o limiar nociceptivo e recuperando a memória de longo prazo desses animais. |