Detecção, caracterização e epidemiologia da virose do endurecimento dos frutos causada por Cowpea Aphid-Borne Mosaic Virus em Maracujazeiro-Azedo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Neemias da Silva
Orientador(a): Bertolini, Edson
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/273791
Resumo: O Brasil é o maior produtor e consumidor mundial de maracujá com uma produção de aproximadamente 555.000 toneladas por ano. A produtividade está limitada por fatores de natureza fitossanitária, principalmente os vírus. O endurecimento dos frutos do maracujazeiro (EFM) é a principal virose da cultura, que no Brasil é causada por Cowpea aphid-borne mosaic virus (CABMV), Potyvirus transmitido de maneira não-persistente por afídeos. O CABMV foi relatado em Santa Catarina (SC) em 2008 e no Rio Grande do Sul (RS) em 2016. Neste estudo, foi desenvolvido e validado um protocolo de RT-PCR em tempo real para a detecção do CABMV, determinada a incidência do vírus em diferentes pomares do RS e de SC, realizada a caracterização molecular dos isolados virais e também realizado um ensaio de transmissibilidade do vírus por sementes. Apesar da variabilidade existente, foi possível desenhar iniciadores e sonda TaqMan específicos para o CABMV e um protocolo direto de preparação de amostras e de amplificação por RT-PCR em tempo real. Este protocolo foi comparado com a técnica PTA-ELISA e demonstrou-se 100 vezes mais sensível. O aumento da incidência do vírus foi menor em pomares onde a infecção foi detectada mais tardiamente. Os isolados de CABMV do RS foram agrupados em um cluster monofilético com valor de 78% de bootstrap e apresentaram menor distância em relação aos isolados Fernao-SP e CABMV-SP. No ensaio de transmissibilidade do vírus por sementes não se pôde evidenciar a transmissão, embora tenha se constatado que o vírus está presente na semente. Os resultados deste trabalho são importantes para o desenvolvimento de estratégias de manejo e redução de perdas causadas pelo CABMV.