Monitoramento de afídeos em pomares de maracujazeiro-azedo e interferência do óleo vegetal na transmissão do Cowpea aphid-borne mosaic virus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Moritz, Daniel Remor
Orientador(a): Bertolini, Edson
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/232262
Resumo: O Brasil se destaca por ser o maior produtor mundial de maracujá, com crescimento recente da cultura no Nordeste do Rio Grande do Sul e Sul de Santa Catarina. O Endurecimento dos Frutos do Maracujazeiro (EFM), causado pelo Cowpea aphid- borne mosaic virus (CABMV), é considerada mundialmente a principal doença de etiologia viral e sua identificação em 2016 nestas regiões causou enormes prejuízos aos produtores desta fruta. A principal via de transmissão do CABMV é a inoculação por afídeos vetores através de picadas de prova. Este estudo teve como objetivo identificar as principais espécies de afídeos que ocorrem em pomares de maracujazeiro nos municípios de Santa Rosa do Sul/SC e Torres/RS, através do monitoramento com armadilhas de água do tipo Moericke (amarela) e do tipo Irwin (verde), identificando quais são possíveis transmissoras do CABMV, além de estimar a flutuação na sua abundância, relacionando com dados climáticos da região. Neste trabalho foi verificado também o efeito do uso de óleo vegetal na eficiência de aquisição e transmissão do CABMV por Aphis gossypii em maracujazeiro. O gênero Aphis e a espécie A. gossypii foram os afídeos predominantes nos pomares de maracujazeiro monitorados. A ocorrência de temperaturas médias mensais abaixo de 20°C foram favoráveis a maior dispersão de pulgões alados na região monitorada, e seus picos populacionais ocorreram no final de inverno e início da primavera (agosto a outubro). Foi constatada pela primeira vez a presença do CABMV na espécie Pentalonia nigronervosa. Doses de até 1,0%, de óleo vegetal e mineral não causaram sintomas de fitotoxidez em mudas de maracujá em casa de vegetação. A espécie A. gossypii teve eficiência de 80% na transmissão do CABMV em maracujazeiro em ensaio experimental. A utilização do óleo vegetal causou redução na aquisição e na transmissão do CABMV por A. gossypii em mudas de maracujazeiro em casa de vegetação. A espécie A. gossypii teve eficiência de 80% na transmissão do CABMV em maracujazeiro em ensaio experimental. A utilização do óleo vegetal causou redução na aquisição e na transmissão do CABMV por A. gossypii em mudas de maracujazeiro em casa de vegetação. A utilização de óleos pode se tornar mais uma ferramenta no controle da transmissão do CABMV. Conhecer a flutuação populacional dos afídeos na região poderá auxiliar na adoção de medidas de prevenção e controle do EFM de forma mais precisa.