Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oderich, Edmundo Hoppe |
Orientador(a): |
Waquil, Paulo Dabdab |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/215484
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Resumo: |
O fim da década de 1990 marcou o início de um novo ciclo de expansão da agricultura de commodities no Brasil, no qual o setor primário passou a ocupar papel cada vez mais relevante na geração de saldos positivos na balança comercial. Destacam-se a produção de soja e de canade-açúcar, as quais, desde então, tiveram área cultivada mais do que duplicada. Esse intenso crescimento resulta, sobretudo, do avanço do agronegócio sobre novas fronteiras agrícolas, desencadeando profundas transformações socioeconômicas, bem como variados discursos e interpretações a respeito dos efeitos locais desse processo. Inserindo-se nessa discussão, a pesquisa teve por objetivo geral investigar a situação e as dinâmicas sociais nos municípios e regiões em que a soja e a cana-de-açúcar tornaram-se preponderantes. A criação de dois indicadores mostrou generalizado aumento da relevância espacial e da relevância econômica das commodities agrícolas nos municípios, expressas na forma de mapas das quatro regiões do estudo: Sul, Centro-Oeste, MATOPIBA e centro-sul. A partir de ampla base de indicadores sociais, a metodologia analisou comparativamente os municípios com alta e baixa participação das commodities em suas economias, revelando diferenças significativas em diversas dimensões: aspectos demográficos, renda, educação, saúde, pobreza, habitação, violência e trabalho. A discussão dos resultados aponta diferenças e semelhanças nas dinâmicas socioeconômicas de fronteiras agrícolas mais antigas e mais recentes, assim como tendências distintas entre a expansão da soja e da cana-de-açúcar. Sugere-se, também, a existência de um processo de drenagem da riqueza, particularmente nos municípios da soja. De modo geral, corrobora-se a ideia de que a análise dos processos de desenvolvimento associados à expansão da produção de commodities agrícolas precisa considerar suas múltiplas dimensões, sob o risco de derivar em interpretações simplórias que, ao conceber resultados apenas na esfera econômica, acabam atribuindo um raso e questionável sentido de positividade a tais processos. |