A moral da infância na Didática Magna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Nicolay, Deniz Alcione
Orientador(a): Corazza, Sandra Mara
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/28872
Resumo: A Dissertação trata dos valores morais que balizaram a noção de infância na Modernidade. Utiliza a Didática Magna do pastor morávio Jan Amós Comenius, escrita no século XVII, para interpretar o teor das forças (ativas ou reativas), que produziram o “bom ou o mau” da infância no processo de escolarização. Processo este, definido pela produção dos mecanismos comenianos de escolarização, ou seja, da gradação, da instrução simultânea e da ordem exata em tudo. Para isso, esta Dissertação incorpora os elementos da crítica genealógica nietzschiana sobre a moral cristã. Esses elementos são conhecidos como: ressentimento, má consciência e ideal ascético. Por meio deles, esta Dissertação segue a trajetória dos valores infantis, até chegar no seu niilismo supremo, na vontade de nada. Por isso, a infância é tratada como uma tipologia móvel, tanto na Didática Magna quanto na obra de Erasmo ou de Rousseau, uma vez que a intensidade de seus postulados morais sofreu e exerceu influências por toda a Pedagogia Moderna. Entretanto, ela procura refutar o ponto de vista histórico, a fim de ficcionar o passado, os valores, as imagens, que cristalizaram o sentimento moral em torno da noção de infância. Assim, ela também procura experimentar formas de expressão, de crítica, de conteúdo, para superar a concepção binária que produziu uma forma de ser e de pensar distante dos movimentos da vida. Ou seja, da alegria, do riso, da dança, da afirmação.