Acesso e efetividade do tratamento dos pacientes hipertensos do III Distrito de Saúde do município de Angra dos Reis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Cabral, Cristiane Coelho
Orientador(a): Moreira, Leila Beltrami
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/76188
Resumo: A HAS é uma doença crônica de grande magnitude no Brasil. O benefício da redução dos níveis de pressão arterial e a eficácia dos anti-hipertensivos estão bem estabelecidos, mas a taxa de controle da HAS está muito aquém do desejável. Autores contemporâneos demonstram que o cuidado das doenças crônicas não pode ser respondido de forma eficaz por sistemas de saúde voltados para doenças agudas e organizados de modo fragmentado. O objetivo deste estudo é avaliar o grau de acesso e a utilização dos serviços para tratamento de HAS em um município de médio porte e sua associação com o controle da HAS. Realizou-se estudo transversal com amostra aleatória de 300 pacientes cadastrados no HiperDia do III Distrito Sanitário de Angra dos Reis. Observou-se que mais de 80% da população entrevistada utiliza os serviços oferecidos pelo município para o tratamento da hipertensão arterial. Considerando-se os escores computados para componentes da APS segundo o PCA-Tool, que deu origem às perguntas de acessibilidade, aceitabilidade e cuidados, o escore total variou de 29 a 83 em uma escala de no máximo 96 pontos, com média de 56,7 ±13,6. Não houve diferença no escore total entre pacientes com PA controlada e não controlada (57,4 versus 56,1; P= 0,41). A taxa de pacientes com HAS controlada foi de 52,7% (IC95% 49,8-55,6). Porém, os 265 pacientes que relataram haver um serviço mais responsável pelo seu atendimento de saúde tiveram melhor taxa de controle da HAS (55,8% versus 31,4%; P=0,007). Dentre as variáveis preditoras – sexo, idade, comorbidades, renda, escolaridade, cor e modelo de unidade de saúde em que faz acompanhamento – apenas sexo feminino e a renda per capita maior associaram-se positivamente com o controle da pressão arterial. Na análise multivariada persistiu associação de controle da HAS com sexo, renda per capita e aceitabilidade, independentemente de idade.