Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Rosângela França |
Orientador(a): |
Schutz, Gabriel Eduardo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20115
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Resumo: |
A hipertensão arterial (HA) é uma Doença Crônica Não Transmissível (DCNT) caracterizada pela elevação dos níveis pressóricos, representando o principal fator de risco para o desenvolvimento as doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais. No Brasil, o Sistema Único de Saúde lançou recentemente o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (2011-2022), estabelecendo uma política pública de promoção e proteção à saúde que inclui o combate à HA como parte das ações da Estratégia de Saúde da Família (ESF). OBJETIVO: Identificar as dificuldades e facilidades encontradas pelos usuários adultos e idosos com hipertensão arterial no acesso à Estratégia de Saúde da Família (ESF) em Vitória da Conquista, BA. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada em 4 Unidades de Saúde da Família (USF) do município de Vitória da Conquista. A população do estudo foi constituída por 40 usuários, aos quais aplicou-se uma entrevista semiestruturada. Para tratamento das informações coletadas foi utilizada a técnica de Análise de Conteúdo na Modalidade Análise Temática. O estudo atendeu as recomendações da Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, sendo o projeto submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os usuários que fizeram parte da pesquisa tinham 30 a 78 anos, a maioria é do gênero feminino (33/40), com baixa escolaridade e assalariada. Os resultados indicam boa facilidade de acesso aos serviços de saúde básicos do ponto de vista geográfico, mas foram relatados entraves limitadores do acesso associados à organização dos serviços, em especial, com relação às: (i) frequentes demoras na marcação de consultas, bem como na realização e entrega de exames; e (ii) dificuldades nas relações intersubjetivas entre usuários, profissionais e trabalhadores da saúde. Outros achados que chamaram atenção foram: (i) a falta de participação dos usuários no controle social; (ii) o desconhecimento das políticas públicas de saúde em geral, e das ações específicas para prevenção e tratamento da HA em particular; (iii) a forte tendência à medicalização, com foco na demanda de medicamentos, e (iv) a percepção de que o serviço público de saúde está em forte desvantagem com relação aos serviços particulares, condicionando o uso das USF às eventuais limitações econômicas dos usuários. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O resultado da pesquisa traz à baila elementos que dificultam a construção social da saúde como direito da cidadania, tanto pela determinação cultural, histórica e social do senso comum sobre serviços sanitários no Brasil, quanto das próprias deficiências na execução das políticas públicas de saúde por parte do Poder Público. |