Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Miranda, Marloren Lopes |
Orientador(a): |
Pertille, José Pinheiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/96164
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Resumo: |
A partir da publicação da Crítica da Razão Pura, Kant, na tentativa de colocar a metafísica no caminho da ciência e determinar o que podemos conhecer, recoloca o problema do conhecimento sob uma distinção fundamental: como as coisas são em si mesmas e como essas coisas aparecem para nós. Kant defende, no idealismo transcendental, que nós só podemos conhecer as coisas como elas aparecem, e não podemos conhecê-las como são. Segundo ele, temos uma estrutura a priori determinada, que possibilita o conhecimento das coisas de certa maneira, a saber, sob essas nossas condições de experimentá-las e que, ao mesmo tempo, impossibilita-nos sairmos do nosso ponto de vista e conhecer as coisas como são nelas mesmas, isto é, abstraindo essas condições – e, porque o modo que as coisas aparecem para nós depende dessas condições, se abstrairmos tais condições, as coisas apareceriam de outra maneira; maneira a qual, portanto, não podemos conhecer. Assim, só podemos fazer ciência das coisas como aparecem, e não como são nelas mesmas. Para Hegel, se partimos desse pressuposto, tudo o que podemos conseguir produzir são meras opiniões, e não ciência: é preciso que possamos saber como as coisas são nelas mesmas para que haja conhecimento. Segundo Hegel, podemos conhecer as coisas como elas são, não apenas porque temos condições subjetivas de conhecê-las como elas aparecem, mas porque elas aparecem como são para nós. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa é reconstruir a ressignificação hegeliana do aparecer e suas variações conceituais, mais precisamente os conceitos de aparência (Schein) e de fenômeno (Erscheinung) sob a óptica da Ciência da Lógica hegeliana. Para tanto, a presente pesquisa divide-se em três capítulos centrais. No primeiro capítulo, investigaremos o que Kant, na Crítica da Razão Pura, e Hegel, principalmente na Fenomenologia do Espírito, compreendem por ciência e sua relação com a Filosofia. No segundo capítulo, investigaremos o que ambos compreendem por lógica e seu papel para o conhecimento, buscando métodos diferentes para o desenvolvimento de seus sistemas, a partir da Crítica e da Ciência da Lógica. No terceiro capítulo, estabelecemos como Hegel ressignifica o aparecer e o apresenta como um processo lógico de aparecimento dos objetos no mundo, a partir de um aprofundamento da Doutrina da Essência da Ciência da Lógica, buscando, por fim, esclarecer precisamente porque, para Hegel, as distinções kantianas de fenômeno e coisa em si não cumprem o papel de colaborar para a Filosofia seguir o caminho de uma Ciência. |