Detalhes bibliográficos
| Ano de defesa: |
2024 |
| Autor(a) principal: |
Gilberto, Rafael Versolato |
| Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
| Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
| Tipo de documento: |
Tese
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| Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
| Idioma: |
por |
| Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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| Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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| Departamento: |
Não Informado pela instituição
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| País: |
Não Informado pela instituição
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| Palavras-chave em Português: |
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| Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-27112024-195928/
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Resumo: |
A retomada da discussão sobre a organização capitalista da sociedade no final do século XX – pelo menos desde dezembro de 1991 – coloca em questão o sentido da obra teórica que até então fora referência incontornável à compreensão das sociedades modernas, a saber, a obra O capital, de Karl Marx. O presente trabalho tem como objetivo geral mostrar que a referida obra é disposta por uma forma de exposição rigorosa, em níveis distintos de abstração, de maneira que ela é constituinte do conteúdo. Considerando que o Livro I é momento – em sentido rigoroso – da exposição dos 3 Livros da obra, o objetivo específico do presente trabalho consiste na investigação da apresentação da relação-capital (Kapitalverhältnis) pelo Livro I. A partir disso, a hipótese a ser verificada é se o conjunto da exposição do Livro I ou sua arquitetônica é constitutiva do conteúdo do objeto que está sendo apresentado. Com efeito, se for esse o caso, não é possível assumir no texto marxiano uma linearidade expositiva orientada por um ideal de \"clareza\" de conteúdos definidos a priori. O procedimento da investigação foi conduzido pela consideração de que a exposição teórica do objeto é feita por rigorosa construção lógica; ao mesmo tempo, essa exposição decorre das exigências daquilo que \"é\" o objeto apresentado; essa relação entre lógica e ontologia envolve, inarredavelmente, a linguagem. A execução desse trabalho exigiu recorrer aos manuscritos que condensaram, pela primeira vez, o conjunto de temas que seriam desenvolvidos futuramente nos 3 livros de O capital, ou seja, os manuscritos de 1857-1858 conhecidos como Grundrisse; o desenvolvimento dos resultados exigiu ainda a escrita de 4 capítulos e 3 textos complementares. A tese que se demonstra – ou o resultado a que o presente trabalho chega – é que a seção VI (O salário), do Livro I, tem função decisiva para a apresentação da forma de manifestação (Erscheinungsform) e de ocultamento da relação-capital (Kapitalverhältnis), portanto para a compreensão de que a exposição do Livro I apresenta o objeto (capital) em sua forma pura, sem se reduzir a mera descrição empírica. Dessa maneira, a investigação sobre a arquitetônica desvela que ela apresenta um conteúdo que se conserva porque se oculta ao se manifestar, de sorte que o sentido do Livro I de O capital é ressignificado, o que conduz, necessariamente, a uma reconsideração das interpretações feitas pela tradição |
