A função enunciativa do ombudsman da Folha de S. Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Franzoni, Sabrina
Orientador(a): Benetti, Márcia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/76144
Resumo: Esta tese trata da função enunciativa do ombudsman da Folha de S. Paulo a partir de seu discurso, levando em conta que o lugar ocupado por esse profissional é constituído por três posições discursivas colocadas em tensão: (1) ouvidor dos leitores, (2) funcionário da empresa jornalística e (3) voz analítica do jornalismo e dos procedimentos de investigação. A reflexão teórica se articula, principalmente, em torno das noções de função enunciativa, interdiscurso e regime de verdade. O estudo foi construído a partir da análise das colunas semanais dos ombudsmen, publicadas entre 1989 e 2012, abrangendo 11 mandatos. Dentro desse período, foram escolhidas a primeira e a última coluna dominical, de cada um dos profissionais, para compor o corpus, perfazendo um total de 36 colunas. Tomei a AD, análise do discurso de linha francesa, como referencial teórico-metodológico, e o estudo do jornalismo insere-se num paradigma construcionista. Na análise, foi possível mapear três sentidos principais que emergiram da posição enunciativa do ombudsman da Folha: (1) o jornalismo como campo – o eixo central desse núcleo de sentido é o papel do jornalismo como um campo aglutinador de valores, ritualizado por uma prática profissional, e o sentido predominante é o acesso à informação; (2) a linha editorial – o eixo central é a credibilidade e a qualidade da informação que são referendadas pelo Projeto Editorial e pelo Manual de Redação; e (3) o cargo ombudsman – esse núcleo de sentido está associado ao fazer jornalístico, à relação com os leitores, à relação com a redação e com a instituição Folha e, por fim, à explicitação das atividades definidoras da profissão. O encadeamento entre a reflexão teórica e a análise aponta para a importância do lugar de fala do ombudsman como um espaço propício para o aprimoramento do jornalismo, entendido como um campo de saberes em disputa.