Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Correas, Elisa Carbonell |
Orientador(a): |
Kubo, Rumi Regina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/132952
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Resumo: |
O Litoral Médio do Rio Grande do Sul caracteriza-se por sua paisagem de campos pampeanos e dunas, percorrida por ventos e corpos de água doce em forma da grande lagoa dos Patos, lagoinhas e banhados que conectam o continente ao oceano. Este ecossistema é considerado de alta importância para a conservação da biodiversidade, por isso foi criado o Parque Nacional da Lagoa do Peixe. As atuais políticas de desenvolvimento na região, concentradas no incentivo à monocultura do arroz e do pinus, ameaçam a biodiversidade socioambiental e os modos de vida das populações tradicionais que habitam esta região. Neste contexto esta dissertação mostra as transformações da paisagem ao longo do tempo e que conformam o território. Etnografando o local, localizaram-se as diferentes territorialidades que fazem parte dessa construção territorial. Agricultores familiares, pescadores artesanais, comunidades quilombolas, fazendeiros e a Unidade de Conservação estabelecem conexões e inter-relações que constituem este território. Uma análise dos modos de apropriação da terra/água, a história, os modos de associação, o sistema de manejo, a relação com a natureza de cada uma destas territorialidades detalham as formas pelas quais se dá a conformação atual do território do Litoral Médio, que pode ser útil para planos de manejo territorial bem como para projetos de desenvolvimento local na região. Contudo, projetar o território passa pela discussão e relocalização das relações estabelecidas entre todas as territorialidades entre si, as relações com a terra/água e as relações entre as diferentes organizações estatais e da sociedade civil. Para isso, analisamos os espaços públicos de discussão, onde todos esses atores se encontram, dando especial ênfase ao Conselho Consultivo do Parque Nacional da Lagoa do Peixe, por ser um espaço previsto por lei Federal. A análise dos interesses e dos discursos dos diferentes atores mostra que a construção de território perpassa as relações de poder, as conflitualidades e as subjetividades criadas sobre o imaginário do que significa desenvolvimento para cada um. |