Dano oxidativo induzido por fenilalanina, ácido fenilacético, ácido fenillático e ácido fenilpirúvico em células gliais e em leucócitos : o efeito da L-Carnitina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Faverzani, Jéssica Lamberty
Orientador(a): Vargas, Carmen Regla
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/201151
Resumo: A fenilcetonúria (PKU) é um erro inato do metabolismo dos aminoácidos, causada pela atividade deficiente ou nula da fenilalanina hidroxilase, enzima responsável pela hidroxilação da fenilalanina em tirosina. Como consequência, ocorre o acúmulo da fenilalanina (Phe) e seus metabólitos tóxicos, ácido fenilacético (PAA), ácido fenillático (PLA) e ácido fenilpirúvico (PPA) no sangue e tecidos dos pacientes fenilcetonúricos. O tratamento para a PKU consiste em uma dieta restrita em Phe e proteínas, suplementada com uma fórmula especial, contendo aminoácidos (exceto Phe), vitaminas e minerais. Apesar dos mecanismos relacionados ao dano neurológico ainda não estarem bem elucidados, estudos vêm mostrando que o acúmulo de metabólitos tóxicos e o estresse oxidativo podem estar relacionados com a fisiopatologia da doença. No presente trabalho, investigamos in vitro os efeitos da Phe e seus metabólitos, bem como o efeito da L-carnitina (LC) sobre o dano ao DNA em células gliais C6 e leucócitos de indivíduos saudáveis, a citotoxicidade (através do ensaio vermelho neutro) e a geração de espécies reativas de oxigênio (ERO) (através do ensaio da oxidação da diclorofluoresceína - DCF) em células gliais. Demonstramos, pela primeira vez, que a Phe, PAA, PLA e PPA induzem, in vitro, dano ao DNA em células gliais e, verificamos que o pré-tratamento in vitro com a LC reduz significativamente esse dano. Verificamos também que a Phe e seus metabólitos, in vitro, aumentaram o dano ao DNA em leucócitos de indivíduos saudáveis quando comparado ao grupo controle e averiguamos que o co-tratamento com a LC reduz significativamente o dano gerado. Verificamos no ensaio de citotoxicidade que a Phe, PAA, PLA, PPA e LC não prejudicaram a viabilidade celular das células gliais. Observamos aumento da geração de ERO em células gliais induzidas pela Phe, PAA, PLA e PPA quando comparada ao grupo controle e verificamos que o pré-tratamento com LC não reduz as ERO geradas pela PPA e pela maior concentração de PLA nas células gliais. O presente trabalho fornece evidências experimentais de que o dano ao DNA e a geração de ERO podem ser induzidas pela Phe e seus metabólitos e que a LC protege em nível periférico e central contra esse dano, podendo ser considerada como uma terapia adjuvante adequada para evitar danos neurológicos na PKU.