Evidências de validade do Teste de Retenção Visual de Benton em amostras brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Segabinazi, Joice Dickel
Orientador(a): Bandeira, Denise Ruschel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/158572
Resumo: Investigações das evidências de validade dos testes devem ser contínuas, a fim de aprimorar aspectos teóricos e empíricos, abrangendo o significado dos escores do teste, as consequências e sua utilidade. A presente tese investigou evidências de validade Benton Visual Retention Test ou Teste de Retenção Visual de Benton (BVRT) para a avaliação da memória visual e habilidades visuoconstrutivas na amostra total de normatização do teste no Brasil. Mais especificamente, investigaram-se a Administração A (Memória) e Administração C (Cópia) do BVRT. O primeiro estudo aborda aspectos históricos e conceituais da avaliação neuropsicológica na interface com a Psicometria, as principais funções neuropsicológicas avaliadas pelo BVRT e suas bases neurais. Os três capítulos empíricos investigam fontes de evidência de validade do teste utilizando diferentes técnicas de análise de dados. No Capítulo II, por meio da Modelagem de Rasch, observou-se a necessidade de incluir itens nos dois extremos da escala logit para a Administração C (Cópia). A análise também forneceu uma proposta de avaliação considerando a dificuldade específica de cada item. O Capítulo III investigou a influência de outras variáveis no BVRT tendo se encontrado padrões em forma de U-invertido em função da idade, da infância até a terceira idade, principalmente na memória visual, avaliada pelo BVRT. Ainda, a Modelagem de Equações Estruturais permitiu identificar um efeito fixo da variável Quociente Intelectual (QI) na Administração A (Memória) do BVRT em diferentes grupos etários, sendo que nos grupos dos adultos e idosos observou-se uma relação positiva e significativa entre os anos de estudo e o desempenho no BVRT. No Capítulo IV, realizou-se a comparação de um grupo clínico de pacientes pós-Acidente Vascular Cerebral unilateral e um grupo controle, emparelhado por idade e anos de estudo, e encontrou-se um pior desempenho do grupo clínico no teste, principalmente na Administração C (Cópia). Em complemento, o método de série de casos, evidenciou dissociações fortes e clássicas entre as duas administrações do BVRT. As evidências de validade do BVRT investigadas na presente tese reforçam a necessidade de aprimoramento das características dos itens do teste e ressaltam a importância de se considerar variáveis sociodemográficas, como a idade e anos de estudo, e variáveis cognitivas como o QI na determinação do desempenho do BVRT. A tese contribui para as investigações de diferentes fontes de evidências de validade para o BVRT em amostras brasileiras. A utilidade do BVRT na avaliação clínica de pacientes pós-AVC foi evidenciada, uma vez que o teste permitiu a investigação de déficits de memória visual e habilidades visuoconstrutivas separadamente, o que pode implicar no melhor planejamento dos programas de reabilitação de pacientes.