Carcinoma espinocelular de boca e inflamação : papel dos macrófagos no prognóstico e influência de citocinas inflamatórias no comportamento migratório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Alves, Alessandro Menna
Orientador(a): Lamers, Marcelo Lazzaron
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/152699
Resumo: O carcinoma espinocelular de boca (CEB) é a neoplasia maligna mais comum da cavidade oral, correspondendo à aproximadamente 94% dos casos dessa região. Apesar dos diversos estudos moleculares e celulares do CEB, a taxa de sobrevida dos pacientes é de aproximadamente 50%, devido principalmente ao tamanho do tumor, metástase em linfonodos regionais, grau de diferenciação das células e sítio anatômico. O microambiente tumoral do CEB, é extremamente complexo e diversificado, tendo como característica principal um estado inflamatório crônico imunossupressivo. Este microambiente é sustentado pela liberação de diferentes citocinas inflamatórias, como IL-6, TNF- - atividades exercidas tanto pelas células tumorais quanto pelas estromais. Dentre essas atividades, tem sido relatado na literatura que as citocinas inflamatórias são capazes de aumentar a migração e a capacidade de invasão das células tumorais. Entre as células estromais, os macrófagos são as mais abundantes e participam da manutenção do microambiente tumoral. De acordo com o estímulo, podem ser polarizados M1, com papel pró-inflamatório e antitumoral, e M2, com papel anti-inflamatório e pró-tumoral. O objetivo desta tese foi compreender o papel dos macrófagos no prognóstico de CEB e das citocinas inflamatórias IL-6, TNF- - linhagens celulares de CEB. Para verificar o papel dos macrófagos no prognóstico, foi realizada uma revisão sistemática na qual foram incluídos apenas os estudos que utilizavam amostra de pacientes com CEB e avaliavam o prognóstico com marcadores para macrófagos. Foi observado que maiores concentrações de macrófagos CD68+ e CD163+ estavam relacionados com pior prognóstico de pacientes com CEB, embora não tenha sido possível concluir qual região tumoral a presença destas células seja mais importante 7 para o desfecho. Para analisar o papel das citocinas inflamatórias IL-6, TNFILensaios in vitro utilizando duas linhagens celulares, SCC25 e Cal27, em condições promotoras de migração sob a influência dessas citocinas. Foi observado que a citocina IL-6 foi capaz de aumentar a velocidade de migração e a direcionalidade tanto da SCC25 quanto da Cal 27 e que esta melhora na capacidade migratória ocorreu através de um crosstalk entre a via de sinalização relacionada a IL6 (STAT3) e a via reguladora de migração celular, Rho GTPase Rac1. Estes dados reforçam o papel do microambiente tumoral no processo de progressão tumoral e sugerem potenciais alvos terapêuticos como a modulação do perfil da população de macrófagos e o papel de interleucinas no controle de invasão tecidual e metástase.