Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Mercali, Gabriele Domeneghini |
Orientador(a): |
Costa, Silvia Generali da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/218085
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Resumo: |
Os temas de engajamento no trabalho e forças de caráter pessoal, relacionados ao movimento da Psicologia Positiva, têm sido estudados por diferentes pesquisadores no mundo. Nenhum estudo a nível nacional, no entanto, se debruçou sobre a relação que eles possuem entre si. Assim como também não se aprofundaram no público alvo de professores brasileiros de ensino superior. Esta pesquisa teve como objetivo identificar e analisar os antecedentes e os preditores do engajamento no trabalho através das demandas, dos recursos de trabalho e das forças de caráter pessoal dos docentes de ensino superior no Brasil. O estudo teve uma abordagem quantitativa e utilizou-se de um questionário online composto por questões de identificação e quatro escalas: Escala de Forças de Caráter (NORONHA; ZANON; ZANON, 2015), Escala de Aplicabilidade das Forças de Caráter (adaptado dos escritos de Peterson e Seligman (2004) e Noronha e Barbosa (2016)), Escala Utrecht de Engajamento no Trabalho (VAZQUEZ et al., 2015) e Escala de Recursos e Demandas de Trabalho (adaptado de Schaufeli (2015)). A amostra contou com 506 professores pertencentes a todas às unidades federativas do país. Os dados coletados a partir do questionário foram analisados por meio de estatística descritiva, análise de variância, análise de covariância, teste t e regressão linear. Os principais achados mostram que os docentes, de uma forma geral, possuem escores medianos de engajamento, considerado o esperado para a população pelos estudos normativos, porém muito próximo de um limite que pode afetar a saúde dos mesmos. As demandas qualitativas são as mais expressivas na vida laboral desses profissionais, constatando a necessidade de trabalharem em constate raciocínio e concentração e necessitarem estar sempre atualizados. Os recursos de trabalho (execução de tarefas) foram os que obtiveram maior média dentre os recursos, seguidos dos recursos sociais. Questões como a clareza nas atividades e os diferentes tipos de tarefas desenvolvidas foram constatadas como as mais expressivas. De uma forma geral, docentes de instituições privadas percebem as demandas e os recursos de trabalho de maneira mais favorável que os que atuam em instituições públicas. No que se refere às forças de caráter, imparcialidade, amor ao aprendizado, apreciação do belo, gratidão, curiosidade e perseverança são as forças que mais caracterizam os professores. As docentes mulheres apresentam médias mais altas para a maioria das forças, inclusive no que se refere a utilização delas, se comparado aos homens. Por fim, tem-se um achado de caráter inovador nas pesquisas científicas, pois envolvem as forças de caráter como preditores do engajamento. Descobriu-se que os fatores que mais influenciam nessa postura positiva dos professores são, nesta ordem, a força vitalidade, os recursos sociais, a força amor ao aprendizado, os recursos de desenvolvimento, os recursos de trabalho, a força autorregulação, as demandas qualitativas, a força perdão e o constructo de liderança, sendo os dois últimos um impacto de ordem negativa. Contribui-se, desta forma, para a geração de um perfil dos docentes do Brasil e para a reflexão da situação de seus trabalhos. |