Perdas por erosão na cultura do milho implantada sobre campo nativo, relacionadas com métodos de preparo do solo e tipos de adubação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Gilles, Luciléia
Orientador(a): Cogo, Neroli Pedro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/14801
Resumo: Apesar do conhecimento que se tem sobre a erosão nas terras cultivadas brasileiras, existem situações de uso e manejo do solo que precisam ser mais bem estudadas. Com isto em mente, realizou-se este trabalho de pesquisa com o objetivo de investigar a erosão hídrica pluvial do solo, provocada por chuva artificial, em área de campo nativo submetida ao cultivo de milho (Zea mays, L), usando os preparos de solo escarificação e semeadura direta e as adubações mineral e orgânica. O estudo foi desenvolvido na Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - EEA/UFRGS, em Eldorado do Sul (RS), sobre um Argissolo Vermelho franco-arenoso com 0,13 m m-1 de declividade. Realizaram-se testes de erosão com chuva simulada logo a seguir a implantação dos tratamentos e a semeadura do milho e 75 dias mais tarde, no estádio de pendoamento da cultura, ambos na intensidade de 64 mm h-1 e com duração de 1,5 h, usando o aparelho simulador de chuva de braços rotativos. Os resultados evidenciaram que os tratamentos influenciaram o desenvolvimento da cultura e as perdas por erosão. O milho desenvolveu-se melhor na escarificação, independentemente do tipo de adubação. A perda de solo ocorreu somente na escarificação e no primeiro teste de chuva, em quantidade pequena, independentemente do tipo de adubação. A perda de água, de matéria orgânica e de nutrientes ocorreu em todos os tratamentos e testes de chuva, em quantidade variada, em geral sendo maior na semeadura direta e no primeiro teste de chuva. O pH da enxurrada foi pouco afetado por qualquer das situações, enquanto que a condutividade elétrica e as concentrações médias de matéria orgânica e nutrientes foram marcantemente influenciadas tanto pelos tratamentos quanto pelos testes de chuva, diretamente influindo as quantidades totais dos referidos constituintes removidas pela erosão. As quantidades totais finais de nutrientes perdidas por erosão foram maiores para o potássio na adubação orgânica e na adubação mineral, para o fósforo na adubação mineral e para o nitrogênio na adubação orgânica e na adubação mineral, nesta ordem de valores decrescentes e todos na semeadura direta. A perda de nutrientes determinada no estudo implicou alto valor financeiro estimado necessário para repor ao solo os adubos perdidos pela erosão.