Diferimento e adubação como estratégias de manejo de pastagem nativa

• Ano de defesa: 2014
• Autor(a) principal: Rodrigues, Geraldo José
• Orientador(a): Nabinger, Carlos
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Pastagem nativa; Adubação; Novilho
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/97859

O experimento foi desenvolvido em uma área de pastagem nativa na Fazenda Engenho, localizada no município de Santiago, na região fisiográfica Missões do estado do Rio Grande do Sul. O objetivo foi avaliar a dinâmica da pastagem e o desempenho na recria de novilhas submetidas a alterações do ambiente pastoril, por meio de adubação e diferimento. A condução do experimento foi realizada durante a primavera, verão e outono, sobre pastagem nativa submetida a pastoreio contínuo com adubação (CAd), pastoreio contínuo sem adubação (CS), diferimento de primavera com adubação (DAd) e diferimento de primavera sem adubação (DS). O método de pastejo utilizado foi o contínuo com carga variável para manter uma oferta de forragem ao redor de 12 kg de MS de forragem para cada 100 kg de peso vivo/dia. O diferimento do pasto foi realizado de 10 de outubro a 26 de dezembro de 2012. Para os tratamentos adubados, utilizou-se 75 kg de P2O5 e 82 kg de N por hectare. O delineamento experimental utilizado foi o de Blocos Completamente Casualizados com três repetições. Foram utilizadas três novilhas teste por potreiro, cruzas Braford, com idade inicial de 13 meses e peso vivo médio inicial de 204 ± 17,8 kg em 10 de outubro de 2012. As avaliações foram realizadas com frequência de aproximadamente 28 dias entre 10 de outubro de 2012 e 10 de maio de 2013, totalizando 212 dias de período experimental. O diferimento de primavera promove maior acúmulo de forragem para o início do verão, que é incrementado pela fertilização. Entretanto o uso dessas duas técnicas não interfere na produção total de forragem do campo nativo. Durante o período estival o pasto apresentou maior altura quando comparado aos demais períodos, o que ocasionou uma estrutura de pasto potencialmente limitante ao consumo animal. A maior taxa de crescimento do pasto observada foi durante o período de verão. No que diz respeito a produção secundária, observou-se alto potencial na capacidade de suporte, em que a carga animal para o tratamento DAd durante o outono obteve valores na ordem de 1.459 kg PV/ha. Já o ganho médio diário para o período de outono ficou comprometido, sendo que em todos os tratamentos as novilhas perderam peso. A produção de peso vivo de todo o sistema produtivo atingiu valores na ordem dos 304 kg PV/ha, apenas com ajuste de carga (CS). Pastagens nativas mantidas em pastoreio contínuo com ou sem adubação permitem que novilhas atinjam peso suficiente ao entoure já aos 20 meses de idade. Em condições de alta precipitação durante o verão a utilização do diferimento de primavera não se traduz em vantagem para a produção animal.