Influência da obesidade, restrição energética e castração na microbiota intestinal de cães e gatos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Fischer, Manuela Marques
Orientador(a): Kessler, Alexandre de Mello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/132500
Resumo: Os métodos de tratamento para a obesidade em cães e gatos focam na restrição calórica, seja restringindo a ingestão de alimento ou alimentando o animal com dietas hipocalóricas. Entretanto, esses métodos frequentemente falham, sendo necessárias estratégias alternativas para promover a perda de peso. O objetivo desse estudo foi investigar as diferenças na microbiota fecal entre animais magros e obesos e determinar se a castração e/ou a perda de peso estão associadas com mudanças na população microbiana. No primeiro experimento, a composição da microbiota fecal foi avaliada nos gatos magros inteiros, magros castrados e obesos castrados, antes e depois da perda de peso. Os gatos obesos foram submetidos a seis semanas de restrição energética e apresentaram redução na massa gorda após a perda de peso (P<0,001), embora o peso corporal não tenha mudado (P>0,05). Firmicutes, seguido de Bacteroidetes foram os filos predominantes em todos os grupos. O grupo dos magros castrados tiveram o perfil de bactérias que era esperado para os obesos, com maior abundância de Firmicutes e menor de Bacteroidetes (P<0,05). Não foram observadas diferenças entre os grupos magros inteiros e obesos castrados. A população microbiana dos gatos obesos mostrou poucas alterações com a perda de peso. No segundo experimento, o teste foi realizado quando os cães estavam magros, após consumo ad libitum para promover o ganho de peso e após a perda de peso. As seguintes concentrações séricas foram analisadas: glicose, colesterol, triglicerídeos, albumina, creatinina, fosfatase alcalina (FA), alanina aminotransferase (ALT), proteínas totais (PT), insulina e leptina. As amostras de fezes foram analisadas para determinar a abundância de Bacteroidetes e Firmicutes. As concentrações de triglicerídeos, colesterol, albumina, FA, ALT e PT foram maiores (P<0,05) nos cães obesos quando comparados aos magros. Bacteroidetes foi mais abundante (P<0,001) nos magros e Firmicutes não diferiu entre os grupos (P>0,05). Após a perda de peso, os níveis de colesterol e PT e a abundância de Bacteroidetes permaneceram inalteradas estatisticamente. Conclui-se então que, nos modelos testados, há diferenças na microbiota fecal entre os grupos dos estudos realizados. Entretanto, no estudo com os gatos a obesidade pareceu não influenciar o crescimento das diferentes populações de microorganismos.