Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Pacheco, Luiza Segabinazzi |
Orientador(a): |
Silva Filho, Luiz Carlos Pinto da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/156779
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Resumo: |
Devido a diferentes razões, a população de diversos países do mundo, inclusive do Brasil, tem presenciado a ocorrência de sinistros relacionados a desabamentos de edificações, falhas localizadas ou problemas com subsistemas da edificação, que resultam em perturbações no uso e em riscos à saúde ou segurança dos usuários. No Brasil, foco especial vem sendo dado a partir da Norma de Desempenho e da percepção de que esquemas adequados de gestão da conservação de edifícios são fundamentais para proporcionar maior sustentabilidade ambiental e econômica às construções. Sabendo disso, vários estados e cidades brasileiras começaram a elaborar leis de inspeção, visando a obrigatoriedade da Inspeção Predial. Esta iniciativa se espelha em experiências internacionais, que veem a inspeção como uma atividade incorporada à rotina de conservação e manutenção das edificações. Destarte, a presente tese tem por objetivo fazer uma contribuição teórica para a construção de um sistema de inspeção brasileiro, através da identificação de boas práticas e da investigação dos padrões de deterioração recorrentes nos laudos de inspeção das cidades de Porto Alegre e Capão da Canoa. A metodologia de pesquisa consistiu em uma etapa qualitativa, que investigou e analisou documentação do contexto internacional e brasileiro, visando identificar boas práticas relativas ao escopo das leis de inspeção, perfil do inspetor, periodicidade e estrutura dos laudos - e uma etapa quantitativa, caracterizada pela análise de mais de 600 laudos obtidos junto às prefeituras das cidades alvo deste estudo. A capital gaúcha foi a primeira cidade brasileira a instituir uma lei sobre conservação de elementos de fachadas (Lei nº 6323/88), tais como marquises e outros elementos em balanço e em 2014 aprovou o Decreto nº 18.574, visando a inspeção de toda a edificação Capão da Canoa possui lei sobre o tema desde 2009, após o acidente com o Edifício Santa Fé. A realização do estudo identificou que em relação ao escopo, as leis buscam zelar pela segurança das edificações; quanto ao perfil do inspetor, vê-se uma boa prática na Austrália que possui classes de inspetores e locais aptos a certificarem os profissionais; quanto à periodicidade, basicamente a idade é o condicionante (quanto mais antigo o edifício, menor o prazo para a realização da inspeção). Quanto aos padrões de deterioração verificou-se que em Sistemas de Vedações Verticais Internas e Externas (SVVIE), é recorrente a umidade por infiltração que atinge 50% da amostra de Capão da Canoa e 27% das edificações vistoriadas em Porto Alegre. É recorrente também a presença de fissuras e deterioração na pintura. No subsistema revestimentos, os padrões referem-se à perda de aderência, principalmente na amostra de Porto Alegre, onde 36% das edificações registraram esta anomalia que impacta os requisitos de durabilidade, manutenabilidade, segurança no uso e operação. Na análise do subsistema Estrutura, a maior ocorrência foi corrosão das armaduras, relatada em 52% das edificações da cidade de Capão da Canoa. Em Porto Alegre é recorrente o registro de fissuras que impactam a estanqueidade e durabilidade da edificação. De forma geral se evidenciou que os laudos de inspeção são fontes importantes para análises relacionadas à vida útil e durabilidade das edificações. |