Variabilidade genética e biologia de Sisyrinchium micranthum CAV. (Iridaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Tacuatia, Luana Olinda
Orientador(a): Chies, Tatiana Teixeira de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/96896
Resumo: Sisyrinchium micranthum Cav. pertence à família Iridaceae, subfamília Iridoideae, tribo Sisyrinchieae. É uma planta anual com representantes distribuídos no continente americano. No Rio Grande do Sul, observações a campo têm permitido verificar a existência de uma grande variação no porte das plantas, e na coloração das flores, sendo possível encontrar plantas de tamanho pequeno, médio e grande, e coloração violeta, rosa e amarela. Os números cromossômicos descritos na literatura para S. micranthum são de 4x = 32 e 6x = 48, relativos a espécimes coletados no Hemisfério Norte, sendo o provável número cromossômico básico x = 8. Não existem estudos abordando aspectos citogenéticos, como comportamento meiótico e fertilidade polínica, e moleculares para esta espécie. Considerando a escassez de estudos sobre a biologia e diversidade genética de Sisyrinchium micranthum e sua importância como espécie nativa, este trabalho procurou aliar técnicas de citogenética e marcadores do tipo ISSR-PCR para caracterizar as populações no Parque Estadual de Itapuã e os morfotipos presentes no Rio Grande do Sul. Foi possível verificar que as populações no Parque Estadual de Itapuã (PEI) apresentam-se bastante estruturadas com pouco fluxo gênico entre as mesmas, sendo que a maior parte da variação existente encontra-se intrapopulacionalmente. Foi registrada a ocorrência de indivíduos tetraplóides e hexaplóides no nosso Estado, tendo sido descrita pela primeira vez a presença de populações diplóides. O tipo morfológico médio é o mais freqüente, sendo este, geralmente, de número cromossômico diplóide (x = 8). A maioria das plantas examinadas mostrou comportamento meiótico regular e todos os tipos morfológicos apresentaram altas estimativas de índice meiótico e viabilidade de pólen. Os dados citogenéticos e moleculares indicam que S. micranthum apresenta populações com mais de um nível de ploidia, evidenciando ampla variação dos caracteres morfológicos, o que dificulta a identificação e classificação das plantas. Foi possível perceber a forte influência da poliploidização na diversificação desta espécie, no entanto, não foi identificado se a mesma ocorre via alo- ou autopoliploidia. Estes dados citogenéticos, moleculares e morfológicos são inéditos e mostram a importância da manutenção destas populações no sul do Brasil, a fim de conservar a variabilidade e possibilitar a continuidade no processo evolutivo da espécie.