Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Cristiano da Silveira |
Orientador(a): |
Battisti, Elisa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/277551
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Resumo: |
O presente estudo tem como objetivo analisar o uso das construções com verbo-suporte (CVS) em português brasileiro, tais como fazer um trabalho~trabalhar, dar uma olhada~olhar, em dados de fala de interação social pública. Adotamos nesta pesquisa a perspectiva da Sociolinguística do Posicionamento (KIESLING, 2009) e a ideia de gerenciamento de persona (COUPLAND, 2007) na análise o uso de CVS na construção de sentidos em diferentes atividades discursivas. Para tanto, usam-se dados de entrevistas da temporada de 2022 do programa Conversa com Bial, um talk show de infotenimento (GOMES, 2007; SILVA, 2009; FALCÃO, 2017). As entrevistas, que geralmente contam com a participação de personalidades conhecidas do público do programa e dos brasileiros em geral, foram transcritas conforme Ostermann (2012) e tiveram os trechos analisados qualitativamente. Constatou-se que Pedro Bial, apresentador do programa, realiza atividades de fala conformes às personas jornalista e mediador. Essas influenciam o uso das CVS pelas entrevistadas e entrevistados. As posturas indexadas pelas CVS nos dados analisados – polida, solidária, afetiva, temerosa, empreendedora, por exemplo – atualizam-se no contexto da interação, ora associadas ao conteúdo do dito, ora ao interlocutor ou ao público presumido. A análise das entrevistas mostra, portanto, que estão em jogo, no uso das CVS, não só uma estratégia de argumentação e de construção de relação entre os interlocutores (TRAVASSOS; VIEIRA, 2020), mas também a negociação intersubjetiva de sentidos na interação pela fala, a partir de que se projetam posturas de persona e associam-se significados sociais às formas linguísticas. |