Identificação de vírus em amostras de macacos-prego coletadas no Sul do Brasil utilizando metagenômica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Raíssa Nunes dos
Orientador(a): Franco, Ana Claudia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/217639
Resumo: A espécie Sapajus nigritus, compreende primatas não-humanos bem distribuídos na América do Sul. Eles são onívoros e vivem em grupos de até 40 indivíduos. As superfícies mucosas são um portal perfeito de entrada para vírus e bactérias do ambiente para acessar novos hospedeiros. A cavidade oral é um portal de entrada para vários microrganismos, incluindo vírus, e compreende a gengiva, língua, paladar, a superfície dos dentes e saliva. A descoberta periódica de novos vírus sugere que subestimamos o número total e a diversidade destes na natureza. Por outro lado, a crescente melhoria da detecção de vírus contribui para a descoberta de um mundo microscópico ainda inexplorado. Bacteriófagos (ou fagos) são o grupo mais abundante de vírus. Eles desempenham um papel dinâmico no ecossistema à medida que se replicam em hospedeiros bacterianos que habitam todos os tipos de ambientes, incluindo superfícies corporais de diferentes espécies de animais. Este estudo tem como objetivo apresentar a composição dos vírus em suabes orais, sangue e urina de macacos-capuchinhos selvagens (Sapajus nigritus) coletados de 12 animais em dois pontos de coleta distintos. As amostras foram coletadas seguindo as orientações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), armazenadas no gelo e transportadas para o laboratório. Posteriormente, foram processadas em três pools distintas (cotonete, sangue e urina), e a extração de ácidos nucleicos foi realizada utilizando-se Trizol®, de acordo com as instruções do fabricante. Após a extração, os ácidos nucleicos foram aleatoriamente amplificados e submetidos à plataforma Illumina para sequenciamento da próxima geração. Os resultados revelaram a presença de bacteriófagos pertencentes às famílias Siphoviridae, Myoviridae e Podovirida e 11 famílias virais eucarióticas: Herpesviridae, Parvoviridae, Papillomaviridae, Polyomaviridae, Caulimoviridae, Iridoviridae, Astroviridae, Poxviridae e Baculoviridae, além de dois genomas virais completos de Anelloviridae e Genomoviridae. Este estudo contribui para o acesso às sequências virais de macacos capuchinhos, melhorando nosso conhecimento restrito sobre comunidades microbianas em primatas não humanos.