Rochas andesíticas e lamprofíricas neoproterozoicas da região do Tupanci, RS : petrologia e mineralizações associadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lara, Luis Fernando
Orientador(a): Sommer, Carlos Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/273211
Resumo: Mineralizações de Au e sulfetos ocorrem no Escudo Sul-Rio-Grandense, sendo que importantes ocorrências destes metais são reportadas e atribuídas a Associação Shoshonítica de Lavras do Sul (ASLS). Vários autores apontam para uma significativa participação de rochas andesíticas e lamprofíricas na formação destes depósitos. A região do Tupanci conta com a presença de andesitos e lamprófiros, estratigraficamente correlacionados a rochas vulcânicas da ASLS (Formação Hilário), representando a exposições mais setentrionais deste magmatismo. A ASLS configura-se como uma das mais completas associações shoshonítica neoproterozoicas (ca. 590-592 Ma) do sul do Brasil, contendo rochas plutônicas, vulcânicas e hipabissais, relacionadas ao estágio pós-colisional da orogenia Brasiliana/Pan-Africana. As rochas andesíticas da região do Tupanci ocorrem na forma de derrames, sendo sobrepostos por depósitos vulcanoclásticos de composição andesíticas, produto do retrabalhamento da unidade vulcânica. Os lamprófiros ocorrem na forma de diques, com direção N-NW, intrusivos em rochas do embasamento metamórfico e nos derrames andesíticos, sendo texturalmente separados e classificados como espessartito e lápili tufo lamprofírico. Destaca-se a forma singular de ocorrência do lápili tufo lamprofírico, análogo a intrusões kimberlíticas piroclásticas do tipo Kimberley, retratando manifestações explosivas vinculadas aos lamprófiros da ASLS. Ambas as ocorrências apresentam características de rochas calcioalcalinas de alto-K ou shoshonítica, evidenciada pelo enriquecimento em LILE e ETRL, anomalias negativas de Ti e Nb, somado a anomalias positivas de Pb e a ausência de anomalias de Eu. Estes atributos reforçam a relação das rochas andesíticas e lamprofíricas com as rochas correlatas da ASLS. A presença de Au e platina na matriz do lápili tufo lamprofírico, destaca a importância econômica destas rochas para as ocorrências minerais da região, onde futuros estudos podem melhor definir o potencial metalogenético para as rochas da região do Tupanci.