Corrigir e re-visar : uma via de mão dupla

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Chittolina, Raphaela Machado Monteiro
Orientador(a): Endruweit, Magali Lopes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/216092
Resumo: Nesta dissertação, investigo, primeiramente, como a re-visão pode ser pensada à luz da teoria da enunciação e dos estudos de letramento. Para isso, recorro à linguística da enunciação, mais precisamente aos estudos de Émile Benveniste e aos cinco aspectos da enunciação a partir de Aya Ono (2007): as noções de fala e de escrita, de forma e de sentido, de subjetividade, de intersubjetividade e de referência. Para essa investigação, também encontro bases na linguística aplicada, com foco nos estudos de letramento de Brian Street e suas concepções acerca do modelo ideológico de letramento, assim como das práticas de letramento e dos eventos de letramento. Após essa primeira questão de ordem predominantemente teórica, também questiono se o professor e o revisor se comportam de maneira semelhante ao corrigirem e ao revisarem textos em seus respectivos ofícios. Na busca por respostas, os procedimentos metodológicos adotados nesta pesquisa qualitativa do tipo interpretativa são a observação participante e a análise de textos de dois alunos. Como primeira instância de análise, apresento alguns excertos da observação participante feita ao longo de seis meses em uma turma do segundo ano do Ensino Médio do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CAp-UFRGS) durante as aulas voltadas para o ensino de texto. Como segunda instância de análise, exemplifico com dois textos escritos e re-escritos de dois alunos integrantes da turma observada. Todo esse movimento analítico é feito a fim de uma ampla reflexão acerca de como se dá o processo de escrita e re-escrita (JUCHEM, 2017) em sala de aula, distinguindo esse retorno ao escrito do que é a correção e descobrindo, justamente, como conceituar a re-visão.