Uso rotineiro de antibiótico em pacientes com ruptura prematura das membranas e conduta conservadora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Castilhos, Fernanda Oliveira
Orientador(a): Valério, Edimárlei Gonsales
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/231934
Resumo: Introdução: Ruptura prematura das membranas amnióticas pré-termo (RPMP) é responsável por cerca de 30% dos nascimentos prematuros, estando associada à grande morbimortalidade neonatal. O uso de antibióticos na conduta conservadora parece aumentar o tempo de latência entre a RPMP e o nascimento, assim como melhorar desfechos maternos e neonatais. O benefício a curto e longo prazo, e o esquema ideal de antibiótico ainda permanecem controversos. Esse estudo busca demonstrar que o uso de antibióticos na conduta conservadora reduz a taxa de nascimentos nas primeiras 48 horas após a RPMP, aumentando o tempo de latência entre a RPMP e o nascimento,. Método: estudo observacional, de coorte retrospectiva em gestantes com RPMP tratadas de forma conservadora no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), de janeiro de 2012 a dezembro de 2019. Para o grupo que utilizou antibiótico, o esquema utilizado foi Azitromicina e ampicilina por 48 horas, seguido de amoxicilina por 5 dias - completando 7 dias de tratamento. Resultados: 145 participantes, 107 não utilizaram antibiótico (grupo 1), 38 utilizaram antibiótico (grupo 2). A taxa de nascimento em 48 horas foi significativamente menor no grupo com antibiótico (36 {33,64%} na grupo 1, vs. 6 {16%} no grupo 2, p = 0,04). Conclusão: O uso desse esquema de antibióticos reduziu a taxa de nascimentos em 48 horas, aumentando o tempo de latência entre a RPMP e o nascimento, com potencial benefício clínico pelo aumento da janela farmacológica para ação corticoterapia, entre outros.