Controles geológicos e oceanográficos da distribuição de bioclastos fósseis no sistema praial da barreira holocênica do sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cruz, Erick Antal
Orientador(a): Dillenburg, Sergio Rebello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/263277
Resumo: Os bioclastos fósseis aqui analisados foram coletados ao longo de toda a porção praial emersa da barreira holocênica do RS. O objetivo do presente trabalho foi analisar, em uma escala regional, a relação entre o comportamento evolutivo da barreira e a ocorrência (distribuição) de bioclastos fósseis, correlacionada também com as feições morfológicas presentes na antepraia e plataforma continental. Os resultados demonstraram que a distribuição dos bioclastos fósseis está intimamente relacionada à evolução geológica da barreira e às feições morfológicas da antepraia e plataforma continental. Ao longo de trechos da costa onde a barreira se comporta como retrogradante (linha de costa transgressiva, e.g. porção sul das projeções costeiras), há uma maior quantidade de bioclastos fósseis. Enquanto que, ao longo de trechos onde a barreira se comporta como progradante (linha de costa regressiva, e.g. embaiamentos costeiros), a quantidade de bioclastos fósseis é consideravelmente menor ou há ausência dos mesmos. A distribuição diferenciada de bioclastos fósseis, encontrados nas praias ao sul das projeções costeiras, onde a barreira holocênica se comporta como retrogradante, reflete a distribuição pretérita das espécies vivas em seus ambientes naturais e as condições ambientais de preservação e fossilização post mortem. Os bioclastos fósseis representam uma mistura de vertebrados terrestres e vertebrados e invertebrados marinhos, associados a depósitos de conchas marinhas fósseis. Entretanto, a maioria dos bioclastos fósseis são espécimes de vertebrados terrestres extintos (megafauna), pois os ambientes terrestres favorecerem melhores condições para a fossilização em comparação com os ambientes marinhos rasos, uma vez que os ambientes terrestres são menos energéticos e mais abrigados. Os elementos esqueletais de vertebrados terrestres, presentes em feições morfológicas da antepraia e plataforma continental (antigos ambientes terrestres), foram retrabalhados pelas oscilações do nível do mar e, modernamente, estão sendo concentrados na antepraia e transportados por ondas e correntes para o sistema praial de alguns trechos da barreira holocênica do RS.