Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Mora, Mayra Lucia Sanchez |
Orientador(a): |
Prá, Jussara Reis |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/213380
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Resumo: |
Este trabalho examina outras formas de entender a política, tendo em vista as vozes e as lutas descolonizadoras das mulheres afro-campesinas de Montes de María, na Colômbia. O estudo se centra nas histórias de vida de Denilsa, Nevis e Angelina, três mulheres afrocampesinas que vivem na sub-região montanhosa do Caribe colombiano. Mulheres que desde suas práticas cotidianas resistem ao despojo e à violência exacerbada impingida sobre seus territórios (corpo, terra, água), mediante artefatos como a guerra e a monocultura da palma de óleo. Isso como resultado dos processos históricos marcados por diversas formas de dominação patriarcal, racista, capitalista e colonial. Desta perspectiva, a tese oferece uma compreensão da política desde outros horizontes, quer dizer, desde os espaços de vida construídos por estas mulheres, as quais estão produzindo outros espaços de poder –uma alter-geografia do poder– tecida pela resistência. Desde uma abordagem etnopolítica, indaga sobre as formas de re-existência, estas entendidas aqui como a criação cotidiana de formas de existir. O que supõe outras maneiras de pensar, de sentir, de habitar, de conhecer, de interatuar, de relacionar-se e de exercer o poder em um mundo onde se reafirma a vida, frente ao mundo da morte moderno/colonial. A partir de um enfoque crítico latino-americano, decolonial e feminista a tese busca suporte teórico para problematizar a realidade indagada. É assim que sustento que suas lutas e suas vozes encarnam processos de descolonização: porque ao dotar de politicidade as práticas cotidianas que negam a morte e a destruição, Denilsa, Nevis y Angelina estão engendrando formas-outras de entender o político, dado que planteiam outros lugares de enunciação e outras linguagens da política –não estadocêntrica–, que propõe alternativas, como práxis política decolonizante, ao projeto colonial neoliberal/patriarcal. |