Petrologia do granito chasqueiro, um estudo integrado de Petrografia, análise estrutural, geoquímica e geologia Isótopica (U-Pb, Lu-Hf) na Região De Arroio Grande, SE do Escudo Sul-Rio-Grandense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Vieira, Daniel Triboli
Orientador(a): Koester, Edinei
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/133180
Resumo: O Granito Chasqueiro aflora como campos de matacões e lajeados que em planta formam um corpo alongado segundo N50o E com área de aproximadamente 400 km2 localizada no sul da porção oriental do Escudo Sul-Rio-Grandense. Constitui-se de monzo a sienogranito, leucocrático de cor cinza-claro e textura porfirítica com megacristais de K-feldspatos em matriz equigranular, hipidiomórfica grossa, composta por quartzo, K-feldspato, plagioclásio, biotita, hornblenda, opacos (magnetita, hematita) e acessórios (zircão, titanita, apatita e alanita). Os megacristais atingem proporções modais entre 30 a 60 % e variam entre 4 e 8 cm que junto com os minerais máficos da matriz evidenciam uma foliação de fluxo magmático subvertical bem desenvolvida que transaciona lateralmente para uma foliação tectônica nos bordos do granito próximo as zonas de cisalhamento onde ocorrem extensas faixas marcadas por intensa deformação dúctil e geração de protomilonitos. O granito apresenta enclaves máficos microgranulares de composição diorítica apresentando diferentes formas e tamanhos. Geoquimicamente é caracterizado por um magmatismo subalcalino do tipo cálcio-alcalino alto potássio, metaluminoso a levemente peraluminoso, com assinatura característica de granitos gerados em ambiente póscolisional. Processos de fusão crustal, mistura de magmas e cristalização fracionada são sugeridos para a sua evolução. Análises geocronológicas obtidas pelo método UPb (LA-ICPMS) e geoquímica isotópica de Lu-Hf (LA-ICPMS) em zircões do granito indicaram, respectivamente, idade de cristalização 574 ± 3 Ma e valores negativos para εHf sugerindo assim uma relação do granito com o evento deformacional D2 e fontes magmáticas dominantemente crustais com participação de componente mantélico subordinado.