Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Vignol, Ana Letícia de Alencastro |
Orientador(a): |
Silva, Ana Celina Figueira da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/277601
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Resumo: |
O Museu de Comunicação Hipólito José da Costa é um órgão público estadual, localizado no centro histórico de Porto Alegre. Criado em 1974, tem a função de conservar, pesquisar e divulgar o acervo e a história da comunicação gaúcha. Classificado como um Museu de Comunicação, congrega características de um Museu de Imprensa e um Museu da Imagem e do Som, fato que suscitou a problemática da pesquisa sobre sua missão institucional. A hipótese apresentada é que o Museu foi criado como uma forma de legitimar uma categoria profissional que atuava na área cultural de Porto Alegre durante a década de 1970.O objetivo geral da pesquisa concentrou-se na compreensão do conceito da instituição através do estudo do processo de disputas e alianças estabelecido pelos diversos agentes que participaram de sua concepção, criação e funcionamento na primeira gestão, entre os anos 1973 e 1975. O desenvolvimento da pesquisa foi orientado pelo conceito de campo, de Pierre Bourdieu, identificando três grupos que participaram desse processo – o da comunicação, envolvendo, principalmente a imprensa, o do patrimônio e o governamental, procurando caracterizar os propósitos, objetivos e estratégias que demarcaram estas lutas por um espaço de poder relativo ao jornalismo cultural e à patrimonialização, catalisados pelas ações da Associação Riograndense de Imprensa e do jornal Correio do Povo e viabilizados pelas medidas de institucionalização empregadas pelo governo estadual e onde alguns destes agentes também atuavam. Insere-se na área da História dos Museus, utilizando os argumentos de Michel de Certeau (2022) sobre a operação historiográfica, em que se propõe uma escrita que representa uma movimentação social, onde se estabelece uma relação entre tempo e espaço, a partir de uma ação prática. O Museu foi escolhido como objeto de estudo por se configurar como uma soma de diversos processos de construção e desconstrução de práticas sociais, que foram identificadas através do recurso da análise documental, viabilizada pelo uso do paradigma indiciário, de Carlo Ginzburg (1989) como base para analisá-los. O trabalho conclui que a imprensa foi a área da comunicação que teve relevância no momento de proposição da criação do MuseCom e nos anos iniciais de seu funcionamento. Tal relevância identificada na atuação do primeiro diretor como jornalista, no expressivo volume do acervo de periódicos, bem como no prédio-sede do Museu (do extinto jornal A Federação) e na escolha de seu patrono (o jornalista Hipólito José da Costa), além de ter sido inaugurado no dia da imprensa (que à época era 10 de setembro). Tais elementos poderiam levar à categorização da instituição como um Museu da Imprensa. Entretanto, considerou-se que as transformações que a área do Jornalismo, tanto na formação como no mercado de trabalho, contribuiu no processo de constituição de sua concepção, abarcando propósitos e elementos que congregavam objetivos vinculados tanto a um Museu da Imprensa quanto a um Museu da Imagem e do Som. |