O Teatro da Memória: o Museu Histórico de Londrina : 1959-200

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Leme, Edson José Holtz [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103147
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo analisar a trajetória do Museu Histórico de Londrina, principal e um dos mais antigos lugares de memória da cidade, evidenciando, dentre outros aspectos, os conflitos e consensos que acompanharam este processo, o qual envolveu a construção e disseminação de uma determinada narrativa da história local. Fundado em 1970, e pertencente à Universidade , ele reflete não apenas as preocupações preservacionistas dos agentes que o criaram e o organizaram, como também os conflitos que se seguiram, decorrentes da configuração de seu acervo e de sua política museológica. Esses embates se evidenciaram, sobretudo a partir da década de 1980, no bojo das novas questões teóricas e metodológicas advindas da renovação historiográfica, debatidas na Universidade, as quais fomentaram a reivindicação da necessidade de inserção de novos atores, abordagens e objetos na então hegemônica história oficial da cidade. Na década de 1990, o museu passou por um processo de revitalização de suas estruturas físicas, bem como no campo conceitual da museologia, deixando de ser um “museu-memória” para se transformar em um “museu- narrativa”. Estas mudanças, porém, não conseguiram alterar a perspectiva de memória seletiva do museu, evidenciada na exclusão de vários grupos sociais, na expografia de sua exposição de longa duração. A pesquisa também enveredou pela tênue fronteira existente entre o público e o privado, ao analisar o processo de apropriação de espaços e cenários do museu, durante a revitalização da instituição, promovendo a formação de memoriais privados. Esse processo esconde uma luta de interesses, permeada pela divisão da sociedade em grupos sociais com interesses divergentes e que veem o espaço do museu como estratégico nos embates pela hegemonia dentro do processo de construção da memória coletiva