Estudo longitudinal comparativo sobre os efeitos neurocognitivos e clínicos da psicoterapia psicodinâmica de longo prazo, da terapia com fluoxetina e do tratamento combinado em adultos deprimidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Bastos, André Goettems
Orientador(a): Trentini, Clarissa Marceli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/264091
Resumo: Existem poucos estudos clínicos randomizados que examinaram e compararam a eficácia clínica e também os efeitos neurocognitivos dos diferentes tratamentos para depressão. O presente trabalho teve como objetivos: examinar e comparar a eficácia clínica e os efeitos neurocognitivos da psicoterapia psicodinâmica de longo prazo (LTPP), da terapia com fluoxetina (FLU), e da combinação de ambos (COM); identificar variáveis sócio- demográficas e/ou neurocognitivas que poderiam estar associadas à resposta clínica dos pacientes ao longo dos três tipos de tratamento; identificar as variáveis que possuem potencial prognóstico, prescritivo e/ou moderador de desfecho clínico. Métodos: 272 pacientes deprimidos com intensidade moderada de sintomas (BDI entre 20-35) foram randomizados para receber LTPP, FLU ou COM, por um período de 24 meses. O Inventário de Depressão de Beck foi usado para monitorar a evolução clínica, e a Escala Wechsler de Inteligência, versão III foi a bateria de testes usada para o monitoramento neurocognitivo dos pacientes. Os pacientes foram avaliados em cinco momentos (pré-tratamento, seis, 12, 18 e 24 meses de tratamento). Resultados: As análises de modelos mistos indicaram que todos os tratamentos foram eficazes na redução dos escores do BDI. No entanto, LTPP e COM mostraram resultados clínicos mais acentuados do que FLU. Também foram encontradas alterações neurocognitivas ao longo dos tratamentos, com diferenças estatisticamente significativas. LTPP e COM pareceram mais eficazes na melhora de áreas específicas da cognição, na comparação com FLU. Alem disso, foram identificadas seis variáveis preditivas de desfecho de tratamento: três variáveis prognósticas relacionadas à memória de trabalho e ao raciocínio abstrato; uma variável prescritiva relacionada à memória de trabalho; e duas variáveis moderadoras, que sugere que o raciocínio abstrato e/ou a velocidade de processamento cognitivo podem influenciar a magnitude e/ou a direção da relação entre os tratamentos e o desfecho clínico. Conclusões: LTPP e COM são mais eficazes do que FLU na redução dos sintomas e na melhora neurocognitiva de pacientes com depressão moderada. Existem diferenças marcantes ao longo do tempo nos efeitos clínicos e neurocognitivos na comparação dessas três formas de tratamento em um ambiente psiquiátrico ambulatorial. Algumas variáveis neurocognitivas servem como preditivas de desfecho.