Anticomunismo: o espectro imaginário que ronda o Brasil

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Souza, Greice Caroline Silva de
• Orientador(a): Castro, Henrique Carlos de Oliveira de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Anticomunismo; Imaginario anticomunista brasileiro; Ciência política
• Palavras-chave em Inglês: Anti-communism; Brazilian anti-communism; Anti-communist imaginary
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/246494

A conjuntura política brasileira dos últimos anos ressaltou um fenômeno antigo: o anticomunismo. Embora não haja uma ameaça iminente de revolução socialista, o anticomunismo ainda é bastante expressivo na sociedade brasileira, portanto, o objetivo principal deste trabalho foi compreender a razão da existência do anticomunismo no Brasil durante o século XXI. Assim, foram delimitados os seguintes objetivos específicos: (i) compreender conceitos intrínsecos ao anticomunismo; (ii) entender e analisar o anticomunismo e o imaginário anticomunista brasileiros, dando atenção aos antigos e novos atributos do fenômeno; e (iii) explicar o porquê do anticomunismo brasileiro existir durante o século XXI. Este artigo também constitui um esforço de contribuição para o campo de estudos referentes ao anticomunismo, assim, a partir de uma extensa e crítica revisão da bibliografia, foram apresentados e discutidos conceitos relacionados aos objetivos definidos, quais sejam: (a) o conceito de comunismo, (b) o conceito de anticomunismo e imaginário anticomunista, (c) o conceito de ideologia, e (d) o conceito de inimigo. Ainda, utilizou-se da revisão crítica da bibliografia para compreender o histórico do anticomunismo brasileiro, bem como sua existência durante a atualidade para, por fim, responder à pergunta norteadora do artigo, qual seja: Por que o anticomunismo existe no Brasil durante o século XXI? A partir dessas discussões, compreendeu-se que o anticomunismo brasileiro existe durante a atualidade não para combater o comunismo inexistente senão em função de uma necessidade de determinados grupos políticos, econômicos e sociais de possuir uma ferramenta que sirva para preservar o status quo inalterado e, sobretudo, resguardar o sistema capitalista, fazendo isso por meio de um reforço da hegemonia de valores em favor do capitalismo.