Atividade de lesões de cárie não cavitadas : fatores associados e critérios de avaliação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Oliveira, Renata Schlesner de
Orientador(a): Rodrigues, Jonas de Almeida
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/143503
Resumo: O objetivo geral desta pesquisa foi avaliar fatores associados à atividade de lesões de cárie não cavitadas, bem como, critérios para a sua avaliação em superfícies oclusais de molares permanentes. Para isso, dois estudos foram conduzidos. O primeiro estudo teve como objetivos: (1) avaliar a efetividade de um tratamento para pacientes com lesões de cárie em molares em diferentes estágios de erupção e (2) avaliar se o estágio de erupção e o acúmulo de biofilme estão associados à atividade de lesões de cárie em pacientes submetidos a um tratamento não invasivo. Já o segundo estudo teve como objetivo avaliar a associação entre dois critérios visuais para a determinação da atividade de lesões de cárie não cavitadas em molares permanentes. Para o primeiro estudo, foram selecionados 48 pacientes, com idades entre 5 e 13 anos, que apresentavam pelo menos um molar permanente com lesão não cavitada ativa na superfície oclusal. Os molares foram classificados quanto ao tipo, estágio de erupção, presença de biofilme e presença de lesão, bem como, sua condição de atividade. Os pacientes foram submetidos a um protocolo de tratamento não invasivo de 4 sessões com intervalos semanais baseado na educação para saúde bucal e fluorterapia. Após 3 semanas do término do tratamento, 39 pacientes foram re-examinados. Observou-se que os molares parcialmente erupcionados apresentaram maiores chances de permanecerem com lesão ativa após o protocolo de tratamento não invasivo quando comparados aos dentes totalmente em oclusão. Além disso, maior acúmulo de biofilme na superfície oclusal mostrou estar associado com maiores chances de uma lesão permanecer ativa após o tratamento quando comparada a ausência de biofilme visível. Para o segundo estudo, foram selecionados 39 pacientes, com pelo menos um molar permanente com lesão de cárie não cavitada em superfície oclusal, os quais foram classificados com relação à presença de lesões não cavitadas, bem como, sua condição de atividade segundo dois critérios: ICDAS-LAA e um critério padrão (características clínicas consenso na literatura). Os resultados mostraram fraca associação entre os dois critérios na determinação da atividade das lesões de cárie e baixa especificidade para o ICDAS-LAA. Com base nos resultados obtidos no primeiro estudo, pode-se concluir que: (1) o protocolo de tratamento não foi efetivo em inativar as lesões de cárie não cavitadas ativas de pacientes com molares parcialmente erupcionados e (2) foi encontrada uma forte associação entre molares permanentes parcialmente erupcionados, maior acúmulo de biofilme e a presença de lesões ativas mesmo após o tratamento instituído. A partir 7 dos resultados do segundo estudo, concluiu-se que o critério ICDAS-LAA não foi apropriado para a determinação da atividade de lesões de cárie não cavitadas em superfícies oclusais de molares permanentes, visto que parece superestimar a atividade das lesões.