Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Savaris, Michele Sbaraini |
Orientador(a): |
Cavazzola, Leandro Totti |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/279287
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Resumo: |
Contexto : A doença inflamatória pélvica é uma preocupação significativa de saúde com taxas de incidência variáveis globalmente. O tratamento da doença inflamatória pélvica, especialmente quando complicada por um abscesso tubo-ovariano, requer consideração cuidadosa tanto da eficácia clínica quanto do custo. Este estudo tem como objetivo avaliar a relação custo-efetividade incremental de diferentes tratamentos para a doença inflamatória pélvica em um hospital universitário brasileiro. Objetivos : (1) Avaliar a precisão diagnóstica de marcadores inflamatórios como proteína C-reativa, contagem de leucócitos e a razão neutrófilo-linfócito para abscesso tubo-ovariano, e (2) avaliar a relação custo-efetividade de diferentes regimes de tratamento para a doença inflamatória pélvica, com e sem abscesso tubo-ovariano. Desenho do Estudo : Um estudo de coorte retrospectivo foi conduzido no Hospital de Clínicas de Porto Alegre de 1º de janeiro de 2003 a 30 de dezembro de 2021. O estudo incluiu mulheres com idades entre 13 e 80 anos diagnosticadas com doença inflamatória pélvica. A análise focou na razão custo-efetividade incremental de diferentes regimes de tratamento. Resultados : A proteína C-reativa, a contagem de leucócitos e a razão neutrófilo-linfócito foram identificados como marcadores estatisticamente significativos para o diagnóstico de abscesso tubo-ovariano. Dos 907 casos de doença inflamatória pélvica, 705 alcançaram cura clínica com o tratamento inicial. O tratamento mais custo-efetivo para doença inflamatória pélvica leve sem abscesso tubo-ovariano foi a combinação de ceftriaxona com azitromicina, considerada menos custosa e mais eficaz na análise de custo-efetividade. Para doença inflamatória pélvica grave com abscesso tubo-ovariano, a combinação de ampicilina com gentamicina e clindamicina foi mais custo-efetiva em comparação com ampicilina com sulbactam mais doxiciclina, dado um limite de disposição a pagar de $213,57 para um aumento de 4,2% na taxa de cura. Conclusão : Os achados do estudo apoiam o uso de proteína C-reativa, contagem de leucócitos e razão neutrófilo-linfócito como ferramentas diagnósticas para abscesso tubo-ovariano. A combinação de ceftriaxona com azitromicina é recomendada como tratamento de primeira linha para doença inflamatória pélvica leve no Hospital de Clínicas de Porto Alegre devido à sua custo-efetividade. Para casos de abscesso tubo-ovariano, a combinação de ampicilina com gentamicina e clindamicina é uma opção custo-efetiva se a disposição do sistema de saúde para pagar exceder $213,57 para cada aumento percentual na taxa de cura, contribuindo com insights valiosos para estratégias de tratamento da doença inflamatória pélvica do ponto de vista do hospital. |