Triagem para fragilidade em pacientes idosos hospitalizados utilizando marcadores inflamatórios na identificação do risco de mortalidade e fatores adversos à saúde.
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/235 |
Resumo: | A fragilidade é caracterizada como uma síndrome de natureza clínica e multidimensional, preditora de desfechos adversos à saúde, como quedas, incapacidade para realização de atividades da vida diária, hospitalizações e morte. No envelhecimento ocorre o processo denominado “Inflamm-Ageing”, que possui como marcadores as citocinas inflamatórias. Dentre elas destacam-se a proteína Creativa (PCR) e os leucócitos, por estarem envolvidos na fragilização do idoso. Este estudo objetivou determinar a prevalência de fragilidade nos idosos hospitalizados; identificar o risco relativo dos idosos frágeis comparados aos não frágeis para os fatores adversos à saúde (declínio funcional, quedas, consumo de medicamentos, reinternações e mortalidade) após 30 e 180 dias de alta hospitalar; estimar o poder preditivo e o critério de discriminação das concentrações de PCR e leucócitos para o risco de fatores adversos à saúde no período de 30 dias após a alta hospitalar. Estudo observacional, do tipo analítico com delineamento de coorte prospectivo utilizando-se de métodos exploratórios e de biomarcadores sanguíneos conduzido com 135 idosos hospitalizados nas clínicas médica e cirúrgica do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro no período de abril de 2013 a setembro de 2014. A coleta dos dados durante o período de internação hospitalar foi realizada por um questionário aplicado em forma de entrevista individual, com informações socioeconômicas e demográficas, capacidade funcional e saúde mental. A fragilidade foi avaliada por meio da alteração nas concentrações plasmáticas da PCR e/ou leucócitos, considerando como referência 2 mg/dL e 4.000 a 11.300 mm³, respectivamente. No monitoramento dos idosos após 30 e 180 dias de alta hospitalar foi realizada avaliação domiciliar abordando os fatores adversos à saúde (reinternação, ocorrência de quedas, quantidade de medicamentos consumidos, incapacidade nas atividades básicas (ABVD) e instrumentais da vida diária (AIVD) e mortalidade. Para a análise dos dados foram utilizado. procedimentos da estatística descritiva (frequência, média e desvio padrão) e inferencial (Qui-quadrado, curva ROC e tabulação cruzada para estimativa do risco relativo), considerando-se um valor de p<0,05 e IC de 95%. A prevalência de fragilidade foi 35,6%, com maior proporção entre os homens. Os pacientes frágeis apresentaram maior risco para reinternações, consumo de medicamentos > 2, incapacidade funcional nas AIVD e mortalidade nos 30 dias após a alta hospitalar; incapacidade funcional nas ABVD e AIVD após 180 dias de alta hospitalar. Os níveis das concentrações plasmáticas de PCR > 2,4; ≥ 0,7 e > 24,7 mg/dL e leucócitos ≥ 6.410; ≥ 8.690 e > 8.310 mm³ foram discriminantes para reinternação, quedas e mortalidade em 30 dias após a alta hospitalar, respectivamente. Os resultados desta investigação fornecem informações que contribuem para a formulação de estratégias intervencionistas que visam à manutenção da saúde dos idosos e à prevenção dos fatores adversos ocasionados pela fragilização do idoso por meio de acompanhamento estratégico e contínuo no período após a hospitalização. |