Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Kahan, Fabiane |
Orientador(a): |
Silva, Luiz Carlos Corrêa da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/200481
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Resumo: |
Introdução: Alguns indivíduos podem apresentar broncoconstrição induzida pelo exercício (BIE). Várias hipóteses tentam explicar esse fenômeno, porém o mecanismo responsável pela asma induzida pelo exercício (AlE) permanece controverso. Objetivos: Estudar os mecanismos envolvidos na broncoconstrição induzida pelo exercício através do uso da heparina inalatória. Verificar o efeito protetor das heparinas de baixo peso molecular (HBPM) na AlE, bem como comparar seu efeito com o da heparina não fracionada (HNF) e observar o tempo de ação das heparinas na inibição da BIE. Material e métodos: Pacientes assintomáticos com história sugestiva de AlE realizaram teste de exercício em esteira ergométrica, com aumento gradativo do esforço, até atingir 85% da freqüência cardíaca máxima, permanecendo em exercício por 10 minutos. Todos os pacientes que apresentaram uma queda do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) pós-exercício maior ou igual a 15% na triagem prosseguiram no protocolo. Nos dias subseqüentes, o VEF1 foi medido antes e depois do exercício, com pré-tratamento com placebo, HNF (1.000 UI/Kg) ou HBPM (1 mg/Kg) administrados 1, 3 ou 6 horas antes do esforço. Foram coletadas amostras de sangue para dosagem de mediadores. Para a análise estatística dos dados obtidos, utilizou-se a análise de variância de medidas repetidas (ANOVA), o teste t de Student para amostras pareadas e não pareadas e o teste de Wilcoxon. O nível de significância adotado foi igual a 0,05. Resultados: Nove pacientes completaram o protocolo. A queda máxima do VEF1 pós-exercício foi de 26,67±12,55% aos 5 minutos e de 24,56±19, 76% aos 1 O minutos na triagem e 22, 78±12,53% e de 20,56±19,58%, respectivamente, no dia de pré-tratamento com placebo. As quedas do VEF1, nesses dois dias, não foram diferentes (p=0,318 aos 5 minutos e p=0,384 aos 10 minutos). A queda média do VEF1 após o exercício, com pré-tratamento com HNF 1, 3 e 6 horas, foi respectivamente de 14±13%, 6±8% e 1 0±16% aos 5 minutos e de 1 0±13%, 4±9% e 9±16% aos 1 O minutos. Com pré-tratamento com HBPM 1, 3 e 6 horas, a queda média respectiva foi de 1 0±1 O%, 6±12% e 13±14%, aos 5 minutos e de 7±13%, 7±14% e 10±15% aos 10 minutos. Em todos os intervalos de prétratamento, a HNF e a HBPM atenuaram significativamente a queda do VEF1 (p~ 0,05). A HNF protegeu a queda do VEF1 induzida pelo exercício em 48%, 78% e 63% aos 5 minutos e em 58%, 83% e 62% aos 1 O minutos quando administrada 1, 3 e 6 horas antes do teste de exercício, respectivamente. Já com a HBPM, a proteção da queda do VEF1 nos mesmos intervalos foi de 63%, 78% e 52% aos 5 minutos e de 70%, 70% e 58% aos 1 O minutos. Não houve diferença no efeito protetor da AlE entre as drogas utilizadas (IC94, 1%: [- 13,5 a 12] ).A histamina e a IL-4 diminuíram após o prétratamento com HBPM. A IL4 aumentou após o exercício no dia de prétratamento com placebo. Conclusões: A HNF e a HBPM atenuam a BIE quando administradas até 6 horas antes dC?_teste de esforço. O provável mecanismo de ação para essa proteção está na modulação de mediadores pelo mastócito, via canal IP3. |