Pelos labirintos da docência com os fios de Ariadne : geografia e existência que (trans) formam a mim e meus alunos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Theves, Denise Wildner
Orientador(a): Kaercher, Nestor André
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/181010
Resumo: A docência é uma construção permanente e única. Os caminhos são diversos e percorridos pelo professor em parceria com suas práticas, com os alunos, com as outras pessoas, com o mundo. Num movimento reflexivo, tendo a humildade e a curiosidade como princípios, o professor (re)elabora suas concepções e ações, reconfigurando seus modos de ensinar e aprender. Alicerçado nesses pressupostos, o estudo pretendeu, através dos conteúdos da Geografia escolar, oportunizar momentos de interação e aprendizagem entre as crianças-alunos, e destes com a professora-pesquisadora. Os participantes foram os alunos da quinta série “B”, Ensino Fundamental, do Colégio Evangélico Alberto Torres (CEAT), localizado no bairro Centro, em Lajeado, Rio Grande do Sul. O trabalho nesta série é desenvolvido a partir de áreas do conhecimento, e eu fui a professora do componente curricular Estudos Geográficos e Históricos, no qual se inserem o estudo da Geografia e da História. O objetivo do estudo foi refletir e agir com as concepções epistemológicas constituídas a partir das propostas didáticas de Geografia e minha atuação docente. O caminho metodológico da pesquisa iniciou com revisão da literatura e, a partir do plano de estudos de Estudos Geográficos proposto pela escola e dos referenciais teóricos da Geografia e da Educação, foram criadas propostas didáticas, algumas delas oriundas da interação com as crianças durante as aulas. Os dados coletados na pesquisa de campo desenvolvida durante o ano letivo de 2016 foram agrupados em um diário de pesquisa, composto por anotações de comentários das crianças, fotografias, imagens de trabalhos, trechos de atividades realizadas pelos alunos e registros escritos de observações da professora sobre as aulas. Na narrativa dessa pesquisa, esses materiais foram agrupados em experiências, compondo as unidades de análise relacionadas aos pressupostos teóricos da Educação, do processo de ensino e aprendizagem, da infância e da ciência geográfica. O estudo reafirmou a importância da reflexão sobre a prática e do papel do professor na busca de uma interação que faça diferença junto aos alunos. A 5ª série “B” do CEAT, interagindo e aprendendo com as propostas didáticas de Geografia, ensinou-me, (re)afirmando concepções epistemológicas. A pesquisa reafirmou a importância de planejar atividades que façam sentido, estejam alicerçadas por objetivos coerentes, estimulem o uso de variadas linguagens e de diferentes recursos. As aulas podem ser momentos de alegria, em que o afeto dá sustentação aos conteúdos e aos momentos de aprendizagem, em que o diálogo é essencial na construção de um ambiente coletivo. Ultrapassar os limites espaciais da sala de aula e da escola, através de vivências com saídas de campo e visitas, é oportunidade única para (geo)grafar a si, o Outro, as diferenças, a vida. As crianças me ensinam a olhar mais, escutar mais, sentir mais e a (re)criar-me na docência.