Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Vargas, Guilherme Krahl de |
Orientador(a): |
Jarenkow, João André |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/198977
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Resumo: |
A informação sobre como a diversidade é distribuída geograficamente é fundamental para a conservação da biodiversidade. Nós avaliamos a contribuição relativa das diversidades alfa e beta para a diversidade de espécies arbóreas em florestas ribeirinhas na Província Biogeográfica Pampiana no Brasil, nas escalas local e regional, e avaliamos as diferenças da diversidade alfa entre paisagens. As unidades amostrais na escala regional (paisagens) foram seis quadrados de 5 x 5 km, distribuídos em municípios distintos. Em cada uma dessas unidades regionais, amostramos três parcelas, que são as nossas unidades amostrais em escala local. Amostramos todas as árvores com diâmetros à altura do peito (DAP) maior ou igual a 5 cm. Nós utilizamos a partição multiplicativa da diversidade com “número de equivalentes” (Hill numbers) associada a dois modelos nulos para comparar a diversidade através das escalas espaciais. No total, 6.639 árvores foram amostradas em 4,5 ha de área amostral. As espécies nativas totalizaram 6.009 indivíduos, que foram distribuídos em 101 espécies, 74 gêneros e 37 famílias. As paisagens estudadas tiveram a riqueza padronizada de espécies arbóreas variando de 17,95 (+ 1,9) até 53,49 (+ 6,2). A partição hierárquica de diversidade com Hill numbers indicou um padrão de baixa diversidade alfa e alta diversidade beta de espécies arbóreas em florestas ribeirinhas na Província Biogeográfica Pampiana no Brasil, tanto na escala local como na regional. Os dois modelos nulos confirmaram esse padrão e sugerem que diferentes processos estão atuando nas escalas local e regional, de forma a reduzir a diversidade alfa e aumentar a diversidade beta. Além disso, a diversidade alfa variou consideravelmente entre as paisagens, com os maiores valores encontrados naquelas localizadas ao norte da Província Pampiana e mais próximas às rotas de migração de espécies atlânticas. Considerados juntos, esses resultados indicam que a filtragem ambiental e, principalmente, a limitação de dispersão de espécies podem estar determinando os padrões de diversidade na escala mais ampla, assim como diferentes mecanismos influenciados pelos distúrbios dos pulsos de inundação podem estar determinando os padrões na escala mais fina, dos quais destacamos a exclusão competitiva e a tolerância ao estresse. Nossos resultados foram importantes para descrever padrões de diversidade de espécies arbóreas através das escalas espaciais nas florestas Pampianas brasileiras e para fornecer importantes insights sobre os processos que estão determinando as diversidades alfa e beta nas escalas local e regional. O próximo passo é testar e separar os efeitos dos fatores ambientais e da limitação da dispersão de espécies como determinantes da diversidade. |