Padrões de organização em comunidades de formigas nos campos sulinos e ecossistemas associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Dröse, William
Orientador(a): Mendonça Junior, Milton de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/212915
Resumo: Entender a distribuição de espécies em ecossistemas naturais e os processos envolvidos com estes padrões tem sido um tema cada vez mais importante devido a rápida perda e transformação de habitats atualmente. Com isso, é possível evitar potenciais perdas de espécies, funções ecológicas ou até mesmo histórias evolutivas de comunidades frente a mudanças climáticas e no uso da terra. O objetivo geral desta tese foi avaliar os padrões de organização de comunidades de formigas em ecossistemas campestres e florestais ao longo de toda distribuição dos Campos Sulinos no Sul do Brasil. Para isso, utilizei diferentes escalas espaciais e abordagens baseadas em diversidade taxonômica, atributos funcionais e relações filogenéticas de espécies de formigas. Os resultados obtidos para cada capítulo indicam que: (1) campos e florestas localizados em áreas de ecótonos são igualmente diversos quanto a riqueza de espécies e linhagens evolutivas de formigas, porém com distinta composição taxonômica entre ambientes (escala local) e regiões fisiográficas (escala regional); além disso, enquanto a filtragem ambiental explica os padrões em escala local, processos espaciais estão relacionados à escala regional; (2) diversidade taxonômica, funcional e filogenética de formigas seguem um clássico padrão latitudinal no Sul do Brasil, mas a variação interespecífica de tamanho de corpo mostra um padrão contrário (espécies menores em maiores latitudes); além disso, enquanto o aumento de precipitação e produtividade explicam a variação taxonômica e funcional, a diminuição da temperatura é o principal driver da diversidade filogenética; por fim (3) uma redução na porcentagem de cobertura florestal e na biomassa de serapilheira acumulada em florestas ripárias reduzem a diversidade de formigas, potenciais funções ecológicas e histórias evolutivas, indicando a importância da conservação destes ecossistemas. Os resultados desta tese contribuem com padrões de distribuição de espécies e descreve potenciais drivers e processos envolvidos. Além disso, do ponto de vista das formigas, tanto campos quanto florestas em mosaicos e maiores coberturas de matas ripárias devem ser preservadas.