A difícil Mistida guineense : nação e identidade da Guiné-Bissau através da triologia de Abdulai Sila

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Valandro, Leticia
Orientador(a): Tutikian, Jane Fraga
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/34691
Resumo: Após mais de cinco séculos de dominação e exploração portuguesa, a Guiné-Bissau, pequeno país localizado na costa ocidental da África, assume a difícil tarefa de constituir-se como nação e, dessa forma, forjar sua identidade nacional. Acreditando que a literatura apresente papel singular em tal engenho, o presente trabalho busca, através da trilogia do autor do primeiro romance nacional, Abdulai Sila, analisar como essas complexas construções vêm-se alicerçando e erguendo. Os romances A Última Tragédia (1995), Eterna Paixão (1994) e Mistida (1997), por tratarem de diferentes períodos do território em questão, da colonização ao pós-independência, possibilitam uma análise abrangente e elucidativa, além de lançarem mão da esperança como característica principal, indo de encontro à difícil realidade do pós-independência. As ideias, sobretudo, de Homi Bhabha, Edward Said e Stuart Hall, a respeito de cultura, nação, identidade, pós-colonialismo, constituem o cerne teórico e analítico dessa dissertação. Sob a óptica dos Estudos Culturais, por meio do entrecruzamento entre o discurso histórico e ficcional, o hibridismo pressuposto faz-se nítido. Às riquezas e belezas da cultura africana, expressas pelas diversas e diferentes etnias, unem-se aspectos culturais lusos, assim como elementos advindos e consequentes da realidade global e interconectada do mundo contemporâneo. Assim, a nação e a identidade guineense, ainda em processo de construção, já deixam entrever sua característica híbrida, em que o tradicional e o moderno conjugam-se e entrelaçam-se igualmente.