Riscos competitivos : uma aplicação na sobrevida de pacientes com câncer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Giordani, Natalia Elis
Orientador(a): Camey, Suzi Alves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/132143
Resumo: A quantidade de novos casos de câncer, o número de mortes causadas por ele e a quantidade de pessoas convivendo com a doença (cinco anos após o diagnóstico) têm crescido em todo o mundo. Em função disso, analisar dados de pacientes com câncer torna-se uma ferramenta necessária para avaliar os programas de tratamento e monitorar o progresso das iniciativas de controle da doença. No que tange a análise, a mortalidade é um dos parâmetros utilizados para avaliar os resultados dessa área e as metodologias tradicionalmente utilizadas compreendem o método de Kaplan-Meier e o modelo de Cox. Ambos, porém, desprezam que um paciente com câncer pode vir a óbito por um câncer diferente do primeiro diagnosticado ou, até mesmo, por causas não relacionadas à doença. Portanto, propomos a utilização e entendimento de métodos de análise de sobrevivência que consideram eventos competitivos a fim avaliar incidências, letalidades e fatores associados ao óbito de pacientes com câncer primário atendidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre entre 2002 e 2009. Os resultados obtidos permitiram um melhor conhecimento dos tipos de cânceres com maiores incidências (pele (1.920 casos), próstata (1.080 casos), brônquios e pulmões (950 casos), mama (893 casos), sistema hematopoiético e reticuloendotelial (654 casos), cólon (573 casos), esôfago (497 casos), estômago (422 casos), neoplasia maligna secundária e não especificada dos gânglios linfáticos (360 casos) e colo do útero (328 casos)) e letalidades (pâncreas (145 óbitos; 57,1%), brônquios e pulmões (527 óbitos; 55,5%) e esôfago (262 óbitos, 52,7%)), considerando os eventos competitivos. Em função das vantagens do método, recomenda-se aos pesquisadores que não desprezem, em seus estudos, situações com eventos competitivos, uma vez que há softwares e diversos materiais disponíveis que auxiliam e facilitam sua aplicação.