Biologia reprodutiva do bagre ameaçado de extinção Genidens barbus (Lacépède, 1803) (Ariidae, Siluriformes), em ambiente estuarino no Sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Vontobel, Eduardo Dobber
Orientador(a): Moreno, Ignacio Maria Benites
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/263348
Resumo: A presente pesquisa descreve aspectos de biologia reprodutiva do bagre marinho ameaçado de extinção Genidens barbus (Lacépède, 1803), na região do estuário do rio Tramandaí, sul do Brasil, objetivando a compreensão acerca da biologia populacional da espécie e resiliência frente à pressão pesqueira, capaz de gerar de subsídios para o monitoramento e manejo pesqueiro da espécie na região. Os exemplares foram coletados a partir de capturas provenientes da pesca artesanal e e amostragem científica, de julho de 2020 a fevereiro de 2021. Seis fases reprodutivas foram atribuidas para cada sexo. Para as fêmeas, foi descoberta uma estrutura ainda não descrita em peixes, denominada de “zona de reserva”, e a análise gonadal macroscópica (baseada em características externas e internas dos ovários, incluindo o comprimento da zona de reserva), foi integrada com dados histológicos para a descrição das fases reprodutivas. Para os machos, as características macroscópicas dos testículos provaram não ser confiáveis para definir a maiorias das fases, e o método histológico foi essencial para a descrição das fases reprodutivas. A fecundidade absoluta variou de 104 a 272 oócitos vitelogênicos hidratados, e correlacionou-se significativa e positivamente com o comprimento e peso total dos peixes. A análise da distribuição de frequências dos diâmetros dos oócitos sugere que a espécie apresenta desova do tipo total, fecundidade determinada e desenvolvimento sincrônico dos oócitos. A temporada reprodutiva da espécie (excluindo o cuidado parental) na região foi definida com base nos Índices Gonadossomático e Hepatossomático, e frequência mensal de fases reprodutivas, iniciando em outubro e terminando em fevereiro. O IHS mostrou-se útil como um indicador do período prévio à temporada reprodutiva para ambos os sexos, com base em diferenças entre os meses reprodutivos e os que os antecedem, além de variar inversamente ao IGS. Os resultados encontrados podem contribuir para a revisão do período defeso da espécie na região, bem como dos tamanhos mínimos e máximos de captura, e na elaboração de planos de manejo pesqueiro sustentáveis, contribuindo para a conservação da espécie, e, consequentemente, com a manutenção da biodiversidade e desenvolvimento socioeconômico regional.