"A lata faz foto? Ah, então a lata é mágica!": estudo etnográfico sobre itinerários urbanos e a circulação de imagens e olhares em oficinas de fotografia pinhole, Porto Alegre-RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Biazus, Paula de Oliveira
Orientador(a): Eckert, Cornelia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/14653
Resumo: Essa dissertação relata, a partir de um estudo etnográfico, a experiência de duas oficinas de fotografia pinhole de que participei igualmente como pesquisadora e professora da técnica, realizadas nos bairros Partenon e Lomba do Pinheiro na cidade de Porto Alegre. A partir das experiências vividas com os alunos dessas atividades, analisam-se aspectos sobre itinerários urbanos e a troca de olhares e imagens na paisagem urbana. A técnica pinhole consiste na utilização de câmeras sem lentes que, pelo princípio da câmara escura, permite a obtenção de imagens de maneira bastante simplificada. As câmeras são construídas a partir de latas de tintas forradas de preto, onde a passagem da luz é controlada por um pequeno furo de agulha. As oficinas, ministradas pelo grupo de fotógrafos Lata Mágica, serviram como ponto de partida para a análise desse ato fotográfico diferenciado abordado a partir das “artes de fazer” dos alunos ao construírem suas imagens de forma mais artesanal do que na fotografia convencional. Assim, a fotografia pinhole é considerada enquanto uma ruptura em relação à fotografia que utiliza câmeras com lentes e é significada pelos alunos das oficinas de acordo com a construção de seus olhares. Consideram-se suas relações com a imagem que construíram e com o artefato fotografia enquanto um objeto de apropriações sociais, evocando o trabalho da memória e suas trajetórias conformadas por visões de mundo e estilos de vida diferenciados. O olhar apresentado nas imagens possibilita a reflexão sobre os alunos enquanto habitantes do espaço urbano da cidade de Porto Alegre e suas relações com os locais, nos termos de espaços vividos, e pessoas que fotografaram.