Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, André Luis Rabelo |
Orientador(a): |
Santos, André Luiz Marenco dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/212720
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Resumo: |
Este trabalho é um esforço no sentido de compreender a estrutura burocrática do ente governamental brasileiro que é o principal responsável pelo processo de implementação da maioria das políticas públicas estatais: o município. Para tanto, a partir do conceito de capacidade estatal e sua operacionalização sob a dimensão profissionalização de sua burocracia, buscou-se responder a algumas questões, quais sejam, como está distribuída a capacitação dos servidores municipais no território nacional? a qualidade de uma burocracia local diminui a desigualdade econômica em um município? Ela é capaz de melhorar o desenvolvimento humano dessa população? E a capacitação dos detentores de cargos comissionados, ela é relevante? Assim, para o primeiro objetivo procedeu-se uma análise de dependência espacial global e local com os dados de todos os servidores municipais do país. Além disso, foi testada, estatisticamente, a diferença de capacidades entre as categorias de municípios definidas pelo IBGE. Para o segundo objetivo, após realizar uma redução de fatores, por meio da Análise Fatorial, foram feitas Correlações e Regressões Logísticas para testar: (1) se a quantidade de servidores por habitante consegue explicar os índices obtidos em gini e IDH-M; e (2) se a capacitação desses servidores é suficiente para explicar esses mesmos resultados. Por fim, para o terceiro objetivo, foi testado, estatisticamente, com o uso do teste t independente, a diferença de desempenho entre os municípios com maiores capacidades dos comissionados em relação aos com menores e, entre os municípios com maiores quantidades de comissionados em detrimento aos com menores. Como proxy de desempenho, utilizou-se do PIB-Per-Capita municipal, do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) e do Índice de Governança Municipal (IGM), criado pelo Conselho Federal de Administração. Todos os dados foram extraídos do Munic/IBGE 2005/18 e do grupo de pesquisa Instituições Políticas Comparadas IpoC/UFRGS. Os resultados evidenciam que, pela própria natureza heterogênea das estruturas administrativas desses municípios, ratificada pelas análises estatísticas, a provisão de bens e serviços tende a ocorrer de forma desigual entre eles. Todavia, também ficou evidente a importância da qualidade da burocracia local na contribuição para uma menor desigualdade econômica e melhor desenvolvimento humano do município. Entretanto, quando se analisa a capacitação dos servidores em cargos comissionados em relação ao impacto nos resultados, os dados evidenciam a complexidade da administração pública municipal, já que alguns testes apontam a capacitação e a quantidade de servidores como solução e recomendação aos municípios, enquanto outros mostram o inverso. |