Ecologia de leveduras da cavidade bucal de pessoas saudáveis : diversidade de espécies e distribuição espacial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Zanelatto, Carla
Orientador(a): Silva, Patrícia Valente da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/129953
Resumo: Para melhor compreender o papel dos micro-organismos nas doenças da cavidade bucal, é necessário inicialmente avaliar a diversidade microbiana naturalmente existente em indivíduos saudáveis, além de sua distribuição espacial na cavidade bucal. Muitos estudos são conduzidos elucidando o papel do biofilme e das bactérias na saúde bucal, porém poucas pesquisas focaram na atuação das leveduras. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a diversidade e distribuição de leveduras do gênero Candida na microbiota bucal de indivíduos saudáveis. Foram coletadas amostras da boca pacientes adultos saudáveis. Foram obtidas amostras de 9 diferentes habitats da boca: bochechas direita e esquerda, assoalho da boca, palato, língua dorsal, língua ventral, dente molar, vestíbulo labial e saliva. Foram avaliados 100 pacientes com uma média de 28 dentes. Quarenta e nove indivíduos apresentaram leveduras na sua microbiota bucal. Candida albicans foi o micro-organismo mais prevalente (49%), seguido de Candida krusei, Candida parapsilosis, Meyerozyma guilliermondii (C. guilliermondii), Candida glabrata, Candida tropicalis e Candida dubliniensis. A associação das leveduras encontradas e os habitats bucais sugeriu que comunidades leveduriformes podem distinguir-se entre os diferentes tecidos da cavidade bucal. A língua (dorsal e ventral) apresentou colonização específica, caracterizada pelas espécies C. tropicalis e C. dubliniensis. De forma semelhante, a microbiota dos habitats revestidos por mucosa foi análoga. A microbiota da língua e dos tecidos duros assemelhou-se entre si em menor intensidade. Estes resultados introduzem a dimensão espacial desta diversidade microbiana que vem sendo estudada, complementando as informações obtidas nos estudos do microbioma humano.